Linha de montagem da Fiat, sexta maior fabricante em valor de mercado da Europa (Germano Luders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2010 às 14h04.
Milão - A montadora italiana Fiat elevou suas estimativas de desempenho para 2010 depois de registrar uma performance melhor que a esperada pelo mercado no terceiro trimestre, apoiada em fortes vendas de caminhões e equipamentos de construção. As ações da empresa operavam no maior nível em 26 meses após a divulgação do balanço.
A Fiat, sexta maior fabricante de veículos em valor de mercado da Europa, aumentou a meta de lucro para mais de 2 bilhões de euros (2,8 bilhões de dólares) nesta quinta-feira, acima das expectativas de analistas.
A empresa também informou que manterá sua dívida líquida industrial abaixo de 4 bilhões de euros até o final do ano.
As vendas fracas de automóveis na Europa ocidental após o fim dos incentivos governamentais foram parcialmente compensadas pela melhora nas vendas de veículos no Brasil, a maior aposta da Fiat para sua divisão automotiva, e por vendas melhores de veículos comerciais em mercados emergentes e na Europa.
"Os resultados foram muito bons, superaram as estimativas mais otimistas graças a uma melhora em todas as divisões e performance da divisão automotiva que foi melhor que a esperada", disse a analista Monica Bosio, do Banca IMI.
"O fator mais importante foi o aumento na estimativa de desempenho de 2010. Isso também ficou acima do esperado", acrescentou.
As ações da Fiat subiam 3,8 por cento, superando a alta de 1,2 por cento do índice do setor automotivo da Europa.
"Teremos que atualizar nossos números em pelo menos outros 10 por cento", disse o analista Jose Asumendi, do Royal Bank of Scotland.
O lucro do grupo Fiat antes de juros, impostos e itens não recorrentes quase dobrou no terceiro trimestre para 586 milhões de euros, bem acima da previsão de 385 milhões de euros do mercado.
A divisão Fiat Auto teve lucro de 130 milhões de euros ante expectativa dos analistas de ganho de 75 milhões.
A performance foi guiada principalmente por uma alta de 32 por cento nas receitas da unidade de máquinas CNH Global, que produz tratores e escavadeiras. As vendas da fabricante de caminhões Iveco cresceram 15,3 por cento no período.