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FGC: liquidação do Panamericano teria efeito perverso

Presidente do Fundo Garantidor de Crédito diz que liquidação do banco poderia desestabilizar o sistema financeiro

O Panamericano recebeu um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do FGC (Divulgação/Divulgação)

O Panamericano recebeu um empréstimo de R$ 2,5 bilhões do FGC (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h02.

Última atualização em 27 de julho de 2020 às 15h04.

O presidente do conselho de administração do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), Gabriel Jorge Ferreira, disse hoje que "uma liquidação ou intervenção tem um efeito perverso na economia". A afirmação foi feita em entrevista coletiva que ocorre hoje sobre o caso do Banco Panamericano.

"É ineficiente para o mercado", disse. "Nos dois casos, são afastados todos os administradores. Gera incerteza e insegurança."

Ferreira explicou que o banco deixa de ter receitas e só passa a ter despesas. Se o banco fosse liquidado, isso poderia desestabilizar o sistema financeiro, trazendo turbulências para os bancos médios. Além disso, o fundo teria que arcar com um prejuízo de R$ 2,2 bilhões para cobrir o rombo do banco.

O FGC tem patrimônio líquido de R$ 28 bilhões, que equivalem a cerca de 3% do passivo do sistema financeiro. No Brasil, todas as instituições precisam obrigatoriamente se associar ao FGC, segundo Ferreira. Os problemas do Banco Panamericano levaram o Grupo Silvio Santos - controlador da instituição - a recorrer ao FGC para um aporte de R$ 2,5 bilhões.

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