Primeiro defina o orçamento, depois o destino. (miniseries/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 28 de junho de 2024 às 15h00.
A busca por viagens nas férias escolares de julho cresceu este ano. Um levantamento da Decolar mostrou que, na comparação com 2023, a venda de pacotes na plataforma aumentou 107%. Por outro lado, com a renda apertada, os brasileiros querem locais mais baratos para viajar com os filhos: a preferência de 60% das famílias é por destinos econômicos, segundo outro estudo, do Booking.com.
Mais do que pesquisar os melhores preços de passagens e hotéis, não extrapolar os gastos, em qualquer viagem, requer um bom planejamento. Porém, viajar com crianças sem gastar muito exige atenção redobrada nesse ponto, já que os pequenos têm particularidades que precisam ser consideradas no orçamento.
Determine até quanto a família pode gastar com a viagem e só então comece a separar opções de destinos que se encaixam no orçamento e agradam a todos. Para isso, leve em conta não apenas transporte e hospedagem, mas os gastos totais, incluindo, quais passeios pagos farão nesses destinos, quanto estimam gastar com alimentação e como será a locomoção pela cidade.
Lembre-se que, em uma viagem com crianças, é preciso ter conforto, pensar em uma programação com atividades para elas também e não dá para ficar horas caminhando ou pular o almoço, por exemplo.
Como os pequenos têm o mês todo de férias, dá para ser mais flexível quanto às datas da viagem. Passagens, hotéis e até ingressos de atrações costumam ter diferentes preços dependendo do dia da reserva. Experimente pesquisar os valores em datas distintas para ver se o preço muda.
O que puder comprar com antecedência, melhor. Passagens, excursões, acomodação, entradas de parques, museus... Tudo isso custa mais caro quando comprado em cima da hora. Além disso, ficar em filas demoradas com crianças, para comprar ingressos, pode ser complicado e, se não tiver mais lugar, vão ficar bem decepcionadas. Ou seja, reservando antes, você garante o passeio da criançada e economiza. E uma dica extra: no caso de ingressos, fique de olho se há combos para famílias, que saem mais em conta do que os bilhetes avulsos.
Se for escolher hotel por aplicativos de reservas, selecione o filtro “crianças grátis”, para que apareçam somente aqueles com esse benefício. Antes de reservar, vale ainda ligar no hotel escolhido e se certificar da gratuidade, quantas crianças são consideradas e até que idade. Como não há regra quanto a isso, cada local define sua política: há os que cobram pelas crianças, os que aplicam uma tarifa parcial e os que as isentam de pagamento; alguns dão o benefício a uma criança, outros a duas; e o limite de idade é variado.
Crianças são cheias de energia, por isso precisam de espaço. Mas nem sempre cabe no orçamento ficar em um hotel com área de lazer. Por isso, vale colocar entre suas opções de hospedagem uma casa de temporada, tipo Airbnb. Pode ser uma solução mais barata e confortável para todos.
Pesquise bastante o destino escolhido para compreender as principais atrações locais e ver quais vão divertir a família inteira a um bom custo-benefício. Inclua na programação o máximo de atividades gratuitas, como praia, parques abertos ao público, praças, parquinhos e feiras culturais – as crianças amam tudo isso.
Crianças não aguentam caminhar longas distâncias. Ao mesmo tempo, pegar táxi ou Uber para ir a todo lugar pode sair caro no fim das contas. Por isso, ficar hospedado em uma região estratégica, próxima dos principais atrativos do lugar e cercada de comércio, é sempre a melhor opção, inclusive financeiramente. Sem falar do tempo de locomoção que consome horas preciosas do passeio.
A família inteira fazer todas as refeições fora, todos os dias, pesa bastante no custo da viagem. Assim, reduzir esse gasto faz muita diferença. Uma solução para baratear a conta é escolher acomodações que permitam preparar algumas refeições no quarto. Basta comprar alimentos com preparos simples no supermercado ou em uma rotisserie.
Vale lembrar ainda que os itens do frigobar dos hotéis são caríssimos, portanto, fiquei de olho para os menores não consumirem sem sua autorização.
Outra opção econômica nesse sentido – principalmente em se tratando de crianças, que comem mais vezes ao dia e ficam animadas com doces e fast food na rua – é sair com lanchinhos prontos para os pequenos numa bolsa térmica. Dá para levar fruta, suco, iogurte, sanduíche natural, pão de queijo... Tudo comprado antes, no supermercado, a um preço bem mais baixo do que a lanchonete de um ponto turístico.
O que realmente não tem preço em uma viagem de férias com os filhos são as lembranças que esse passeio em família vai deixar. Então, depois de planejar direitinho os gastos, relaxe e faça o investimento valer realmente a pena, aproveitando cada minuto dessa oportunidade. Com isso, não é para economizar.