FedEx teve resultado líquido negativo de 1,97 bilhão de dólares no quarto trimestre fiscal encerrado em maio, de acordo com balanço divulgado nesta terça (25) (Justin Sullivan/Getty Images)
Natália Flach
Publicado em 25 de junho de 2019 às 20h04.
Última atualização em 11 de julho de 2019 às 16h57.
São Paulo - Não são apenas as empresas asiáticas que estão sob fogo cruzado. Por causa da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a americana FedEx, conhecida por fazer entregas rápidas, está em um beco sem saída por não poder entregar produtos da companhia chinesa de tecnologia Huawei. Só que a gigante de serviço postal continua recebendo encomendas dos clientes.
Com medo de entrar para a lista negra do governo de Xi Jinping, a FedEx acabou por tomar uma decisão inusitada: vai processar a administração de Donald Trump.
“Não podemos ser os policiais do departamento de comércio exterior dos Estados Unidos”, afirmou Smith, em entrevista à Fox News. Segundo ele, a nova regulamentação criou um peso impossível para a FedEx de ter de saber a origem e o conteúdo de todos os envios.
Para se ter ideia, a gigante americana entrega cerca de 15 mil encomendas por dia em mais de 220 países e territórios.
“Achamos que essa regulamentação não tem base jurídica e esperamos que o departamento de comércio exterior chegue a uma solução que nos desobrigue a ser policiais das entregas”, acrescentou. “Se cometermos um erro, podemos ser processados em 250.000 dólares por encomenda.”
A concorrente americana United Parcel Service (mais conhecida como UPS) disse que não vai se juntar à rival no processo contra o governo americano, segundo a Reuters.
Resultados
Nesta terça-feira (25), a FedEx divulgou balanço do quarto trimestre fiscal encerrado em 31 de maio. A receita foi de 17,8 bilhões de dólares, ante os 17,3 bilhões no mesmo período do ano passado. Mas o resultado líquido foi negativo, de 1,97 bilhão.