Maksoud Plaza: hotel fechou as portas em dezembro de 2021 (Stefan Krasowski/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de agosto de 2022 às 14h14.
O Hotel Maksoud Plaza, um dos ícones de São Paulo, fechou as portas oficialmente em dezembro e, nesta semana, começou um "bota fora" de itens como eletrodomésticos, colchões e móveis em um site de leilão. Os itens podem ser arrematados inicialmente até segunda-feira. Uma segunda rodada de oferecimento das peças está prevista para 31 de agosto.
As vendas ocorrem por meio de "lotes" de produtos. Um conjunto de quinze televisores diversos, por exemplo, tem lance inicial de cerca de R$2,6 mil. Já uma seleção de 100 cadeiras tem valor inicial de aproximadamente R$ 3,7 mil. Há ainda opções de mesas, frigobares, bebedouros e púlpitos. O leilão ocorre por meio do site FCR Leilões.
O leilão é mais um capítulo da ruidosa história de fechamento do Maksoud. Inoperante desde dezembro, o local foi palco para uma crise que durou mais de uma década e envolve litígios societários, passivos trabalhistas e dívidas com fornecedores.
Antes de fechar as portas, o empreendimento entrou em um processo de recuperação judicial, como forma de evitar seu fechamento, diante do volume de dívidas.
Inaugurado em 1979, o Maksoud chegou a hospedar grandes artistas, políticos e empresários.
Na lista de ex-hóspedes ilustres, estão a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, o então secretário-geral da ONU Kofi Annan, o cantor João Gilberto, e as bandas de rock Rolling Stones e Guns N’Roses.
O hotel também já recebeu shows de Frank Sinatra e Julio Iglesias. A estimativa da companhia é de que mais de 3 milhões de pessoas tenham se hospedado ali em 42 anos de operação.