Loja da Telefônica em São Paulo: empresa quer ganhar briga na América Latina (Lia Lubambo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 18h05.
São Paulo - Um crescimento no Brasil e fraqueza nos negócios da Europa deve fazer com que a participação do país na receita total da Telefónica cresça em 2011, afirmou nesta quarta-feira, o presidente da unidade brasileira do grupo, Antonio Carlos Valente.
Em reunião com jornalistas, o executivo afirmou que a participação do Brasil nas receitas do grupo foi de 21 por cento em 2009. Ele evitou fazer uma projeção da participação no próximo ano, mas comentou que o país atualmente é o "maior motor de crescimento da Telefónica".
A empresa projeta encerrar 2010 com investimento no Brasil de cerca de 4,6 bilhões de reais, praticamente em linha com o aplicado em 2009, e pretende em 2011 aumentar esforços em dois projetos, além da própria integração da operação da Vivo: serviços de banda larga a consumidores via fibra ótica e oferta de vídeo.
Valente afirmou que a Telefónica, até novembro, tinha 11,5 mil clientes de banda larga por fibra ótica e 470 mil casas onde a infraestrutura do serviço, voltado a clientes de alta renda, está disponível. "Essa base é a maior da América do Sul", disse o executivo referindo-se a todo o mercado da região. "A meta é alcançar 1 milhão de clientes em 2015", disse Valente.
Na outra ponta, de serviços mais populares, o executivo afirmou que a Telefônica continuará atenta ao crescimento da renda das classes C e D, depois que lançou em 2009 um serviço de Internet rápida na cidade de São Paulo. A "banda larga popular", de 256 quilobits por segundo de velocidade, tem atualmente cerca de 20 mil clientes e a perspectiva é que mais 15 mil optem pelo serviço até o fim do ano.
Ele não deu detalhes sobre os trabalhos da integração da Vivo no restante do grupo, depois que a sócia Portugal Telecom decidiu aceitar oferta da empresa espanhola para deixar a parceria.
"Faz apenas 75 dias que a operação (compra da participação da Portugal Telecom) foi aprovada pelas autoridades no Brasil (...) foco atualmente tem sido em concluir o ano, entregar o que nos comprometemos a entregar", disse Valente, reafirmando que a marca da Vivo vai substituir a da Telefônica no Brasil.