Além de Braskem e Petrobras, a Petroquímica Suape também poderá contar com sócios estrangeiros (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 15h49.
São Paulo - As diretorias da Braskem e da Petrobras ainda analisam qual será a estrutura de capital da Petroquímica Suape, afirmou hoje o presidente da Braskem, Carlos Fadigas. A construção do complexo pernambucano focado no mercado de resina PET está sob a coordenação da Petrobras, mas desde o ano passado a estatal afirma que a intenção é de que a Braskem assuma o projeto.
Após negociar com a Braskem o controle da Quattor, no início de 2010, a diretoria da Petrobras considera que a Braskem, da qual é uma das principais acionistas ao lado do grupo Odebrecht, é seu braço de atuação no mercado petroquímico.
Na semana passada, notícias davam conta de que a Braskem poderia assumir 60% de participação do projeto, restando os 40% complementares à Petrobras. Fadigas afirmou, no entanto, que não há nenhuma definição até este momento sobre porcentuais. "Há um interesse de parte a parte (de a Braskem entrar no polo), mas ainda estamos em fase de análise", destacou Fadigas.
Também não há conclusões sobre como poderá se dar o ingresso da Braskem no projeto. Uma reorganização da estrutura societária da Braskem e o pagamento de fatia equivalente ao total já investido pela Petrobras no complexo seriam algumas das alternativas possíveis, mas não comentadas pelas empresas envolvidas no negócio.
Sócios estrangeiros
Além de Braskem e Petrobras, a Petroquímica Suape também poderá contar com sócios estrangeiros. O grupo indiano Reliance, por exemplo, já fechou no passado direito de preferência de participar do projeto. Uma eventual definição de participações no projeto, entretanto, deverá avançar somente no ano que vem, com a conclusão das obras do polo cujo faturamento anual estimado é de R$ 4 bilhões.
Fadigas destacou a Braskem tem interesse no projeto, mas ele não é considerado prioritário neste momento. A companhia tem focado investimentos em aumento de oferta de resinas termoplásticas, caso da fábrica de PVC em Alagoas e de um polo no México, onde serão produzidos polietilenos. Além disso, a petroquímica está construindo uma fábrica de butadieno no Rio Grande do Sul.