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Famoso desfile de lingerie da Victoria's Secret não vai acontecer este ano

As vendas da marca continuam baixas após um 2018 já difícil; prejuízo líquido deste ano pode ser de 252 milhões de dólares

VS: boato já circulava desde que a modelo australiana Shanina Shaik disse à imprensa britânica que o desfile de 2019 seria cancelado (Taylor Hill / Colaborador/Getty Images)

VS: boato já circulava desde que a modelo australiana Shanina Shaik disse à imprensa britânica que o desfile de 2019 seria cancelado (Taylor Hill / Colaborador/Getty Images)

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AFP

Publicado em 22 de novembro de 2019 às 08h45.

Última atualização em 22 de novembro de 2019 às 10h16.

A marca de lingerie americana Victoria's Secret anunciou que seu emblemático desfile que atrai milhões de espectadores não acontecerá neste ano, após polêmicas e resultados financeiros decepcionantes.

"Vamos nos comunicar com nossos clientes, mas não será tão importante quanto o desfile", disse Stuart Burgdoerfer, diretor financeiro da controladora L Brands, em teleconferência com analistas financeiros sobre os resultados do terceiro trimestre.

As vendas da Victoria's Secret continuam baixas após um 2018 já difícil. Elas afundaram os resultados do terceiro trimestre da L Brands, que aponta um prejuízo líquido de 252 milhões de dólares, contra um prejuízo de 43 milhões em relação ao mesmo período do ano passado.

"Vemos um impacto específico nas vendas logo após a transmissão do desfile? A resposta a essa pergunta é não", disse Burgdoerfer.

"É importante desenvolver o marketing da Victoria's Secret", acrescentou ele, confirmando que o desfile que acontece desde 1995 não teria uma edição este ano.

O boato já circulava desde que a modelo australiana Shanina Shaik disse à imprensa britânica que o desfile de 2019 seria cancelado.

No ano passado, o desfile teve uma pegada mais cosmopolita do que o habitual para uma marca criticada regularmente pela falta de diversidade de seus modelos.

Mas poucos dias depois, o diretor de marketing da marca Ed Razek rejeitou categoricamente a possibilidade de incorporar modelos transgêneros e mulheres acima do peso no desfile.

Diante da polêmica nascida nas redes sociais, Razek teve que se desculpar publicamente.

Foi nesse contexto, juntamente com a difícil situação econômica da marca, que o CEO Jan Singer renunciou.

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