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Família irá sair do comando da Odebrecht, diz jornal

A mudança na gestão, de acordo com o Valor, faz parte de uma negociação com a Operação Lava Jato

Odebrecht: a mudança na gestão, de acordo com o Valor, faz parte de uma negociação com a Operação Lava Jato (Paulo Whitaker/Reuters)

Odebrecht: a mudança na gestão, de acordo com o Valor, faz parte de uma negociação com a Operação Lava Jato (Paulo Whitaker/Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 10h43.

São Paulo – Ainda que a empresa leve o nome da família, a Odebrecht deixará de ser gerida pelos familiares.

Depois que Emílio Odebrecht deixar a presidência do colegiado da holding que controla a empresa, o conselho será formado por profissionais independentes. Isso deverá acontecer dentro de dois anos, afirma o jornal Valor Econômico.

Os familiares ainda poderão indicar alguns dos membros do conselho, mas a ideia é que estes sejam a minoria.

A empreiteira também planeja abrir o capital da Odebrecht Engenharia e Construção até 2018, para retomar a confiança do mercado na empresa e ser mais transparente, afirmou Newton de Souza, presidente da holding Odebrecht S.A., ao Valor.

A mudança na gestão, de acordo com o Valor, faz parte de uma negociação com a Operação Lava Jato. O acordo de leniência, que foi assinado em dezembro, prevê ainda um pagamento da Odebrecht de US$ 2,5 bilhões.

A partir desses acordos, Emílio Odebrecht terá dois anos para reorganizar a companhia. Segundo Souza, ele já está tomando as previdências na Kieppe, companhia que administra os investimentos da família na Odebrecht.

Depois, Emílio irá cumprir a pena de dois anos de reclusão domiciliar e dois anos em regime semi-aberto, diz o jornal.

Emílio é pai de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa e que está preso desde junho de 2015. Marcelo deverá permanecer preso até o fim de 2017, quando começa a cumprir prisão domiciliar e outros formatos de pena, no total de 10 anos.

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