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Família Espírito Santo sai de lista de mais ricos

Cinco membros da família já não aparecem na lista anual das maiores fortunas de Portugal


	O ex-presidente executivo do banco português Espirito Santo, Ricardo Salgado
 (Jose Manuel Ribeiro/Files/Reuters)

O ex-presidente executivo do banco português Espirito Santo, Ricardo Salgado (Jose Manuel Ribeiro/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 13h57.

Lisboa - Cinco membros da família Espírito Santo já não aparecem na lista anual das maiores fortunas de Portugal, que continua liderada pelo empresário Américo Amorim, com um patrimônio avaliado em 3,3 bilhões de euros.

Trata-se da primeira vez, nos últimos dez anos, que nenhum membro da família figura no ranking dos 25 portugueses mais ricos, publicado nesta quinta-feira a revista "Exame".

Os Espírito Santo, uma das famílias mais influentes e ricas do país, são proprietários de um enorme empório cuja origem remonta a 1869, com uma casa de câmbio localizada em pleno centro de Lisboa.

O clã é protagonista absoluto em Portugal devido à crise que atravessa o Grupo Espírito Santo, com interesses em diferentes setores que abrangem desde as finanças até o turismo, a saúde e a agroindústria.

O grupo é controlado pelos líderes das cinco facções familiares: María do Carmo, José Manuel Espírito Santo, António Ricciardi, Ricardo Salgado e Mário Mosqueira do Amaral - este último falecido recentemente.

Todos eles estavam na lista de 25 maiores fortunas portuguesas de 2012 e desapareceram em 2013, reflexo dos problemas pelos quais atravessam.

A baixa mais destacada nesta classificação é a de Maria do Carmo, a maior acionista do Grupo Espírito Santo, que no ano passado ocupava a décima posição da lista e era a segunda mulher mais rica de Portugal.

Também desaparecem do ranking António Ricciardi, José Manuel Espírito Santo, Mário Mosqueira do Amaral e Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo (BES) durante 22 anos, que foi substituído no cargo há apenas alguns dias e que é acusado de um delito de fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

Outra das novidades da lista deste ano é que "os ricos são menos ricos", segundo a revista, que cifrou em 14,3 bilhões de euros o total das 25 maiores fortunas em 2013, frente aos 16,7 bilhões de 2012.

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