Peugeot: 90.000 pessoas são empregadas pela montadora na França (Reuters)
Tatiana Vaz
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 16h37.
São Paulo – Depois de 200 anos no controle do grupo francês PSA Peugeot Citroën, a família fundadora de uma das maiores montadoras do mundo se viu obrigada a vender parte de seu capital – e abrir mão do comando.
A crise financeira e consequente queda nas vendas fizeram com que o clã assinasse um pré-acordo com o Estado francês e a montadora chinesa Dongfeng para um aumento de capital.
Pelo acordo, o Estado francês e a empresa estatal chinesa Dongfeng vão desembolsar 800 milhões de euros cada um para ter direito a 14% do controle da fabricante.
Em troca, a família Peugeot renunciará ao controle e a cerca de 20% de suas ações. Também reduzirá de quatro para dois o número de representantes do clã na direção da empresa e deixará de lado o direito de voto duplo nas decisões do Conselho.
Final de março
Há especulações de que a presidência da companhia, hoje nas mãos de Thierry Peugeot, seria alterado. Carlos Tavares, executivo que era o número dois na direção da Renault, seria o mais cotado para o cargo, segundo jornais franceses.
A Peugeot emprega hoje 90.000 pessoas no país. Isso explica porque o governo francês fará metade do aporte na companhia. “Nós tomamos uma decisão de patriotismo econômico e industrial”, disse o ministro da Indústria da França, Arnaud de Montebourg.
O acordo final entre governo e empresas deve ser assinado no final de março, quando o presidente chinês, Xi Jinping, visitará a França.