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Facebook registrará receita publicitária localmente

A tributação das empresas se tornou um tópico em destaque depois de revelações de esquemas de evasão fiscal por multinacionais

Facebook: "Acreditamos que mudar para uma estrutura de venda local proporcionará mais transparência" (Thomas White/Reuters)

Facebook: "Acreditamos que mudar para uma estrutura de venda local proporcionará mais transparência" (Thomas White/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 16h05.

Bruxelas - O Facebook disse nesta terça-feira que começará a registrar receita de publicidade localmente em vez de redirecioná-la através de sua sede internacional em Dublin, embora seja improvável que o movimento resulte no pagamento de muito mais impostos.

A tributação das empresas se tornou um tópico em destaque depois de revelações de esquemas de evasão fiscal por multinacionais que levaram a demandas para que as empresas paguem mais impostos, enquanto a Europa começou a explorar opções para tributar gigantes digitais.

O diretor financeiro do Facebook, Dave Wehner, disse que a empresa decidiu mudar para uma estrutura de venda local em países onde possui um escritório para apoiar vendas para anunciantes locais.

"Em termos simples, isso significa que a receita de publicidade mantida por nossas equipes locais não será mais registrada pela nossa sede internacional em Dublin, mas pela nossa divisão local nesse país", disse Wehner em uma postagem no site da empresa.

"Acreditamos que mudar para uma estrutura de venda local proporcionará mais transparência aos governos e legisladores em todo o mundo que pediram uma maior visibilidade sobre a receita associada às vendas locais em seus países".

A Comissão Europeia está trabalhando em propostas legislativas, previstas para março, para aumentar os impostos sobre multinacionais digitais, que são acusadas ​​de pagar muito pouco na UE ao registrar lucros em países com baixa carga tributária onde mantêm suas sedes no bloco europeu, como Irlanda e Luxemburgo.

Wehner disse que o Facebook implementará a mudança ao longo de 2018 e pretende completá-la no primeiro semestre de 2019.

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