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Facebook irá construir casas no Vale do Silício pela primeira vez

O crescimento de empresas de tecnologia provocou tensões na região, que não estava preparada para um grande fluxo de trabalhadores

Região do Vale do Silício: facilidades para funcionários de empresas de tecnologia (Justin Sullivan/Getty Images)

Região do Vale do Silício: facilidades para funcionários de empresas de tecnologia (Justin Sullivan/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de julho de 2017 às 11h28.

San Francisco -- A escassez de moradias no Vale do Silício, na Califórnia, ficou tão grave que o Facebook propôs na sexta-feira construir pela primeira vez 1.500 residências perto de sua sede.

O crescimento do Facebook, da dona do Google, Alphabet, entre outras empresas de tecnologia, provocou tensões na vizinhança da baía de San Francisco, que não estava preparada para um fluxo de dezenas de milhares de trabalhadores durante a última década. Os preços das casas e o tempo de viagem aumentaram.

As empresas de tecnologia responderam com medidas como ônibus equipados com internet para funcionários que enfrentam longas viagens. O Facebook ofereceu pelo menos 10 mil dólares em incentivos aos funcionários que vivem próximo aos escritórios da empresa.

Essas medidas, no entanto, não reduziram as queixas de que as empresas de tecnologia estão tornando a vizinhança extremamente cara e, na maioria das vezes, não resolvem a falta de residências na área.

"O problema é que não há oferta suficiente no Vale do Silício para acompanhar a demanda", disse Sam Khater, economista da empresa de pesquisa imobiliária CoreLogic.

Com o plano de construção do Facebook, a empresa disse que queria investir em Menlo Park, cidade a cerca de 72 km ao sul de San Francisco, para onde se mudou em 2011.

A empresa afirmou que deseja construir uma "vila", que também terá espaço para escritório e para comércio.

"Parte da nossa visão é criar um bairro que forneça os serviços comunitários necessários", afirmou John Tenanes, vice-presidente de Instalações Globais do Facebook, por meio de um comunicado.

As 1.500 residências do Facebook estarão abertas a qualquer um, e não apenas aos funcionários, e 15 por cento delas seriam oferecidas a taxas abaixo do mercado, segundo a empresa. A expectativa do Facebook é que esse processo leve cerca de dois anos.

A Alphabet, por outro lado, deu um passo menor, comprando 300 unidades de apartamentos modulares para habitação de funcionários de curto prazo, informou no mês passado o Wall Street Journal.

A prefeita de Menlo Park, Kirsten Keith, disse em uma entrevista que havia preocupações em relação ao aumento do tráfego com o plano do Facebook, um assunto que o departamento de planejamento da cidade iria estudar.

Ela disse, no entanto, que o plano do Facebook se encaixa no próprio plano de desenvolvimento a longo prazo da cidade, e que a cidade estava entusiasmada com a habitação adicional.

De acordo com Tenanes, o desenvolvimento proposto poderia atrair também investimentos em projetos de trânsito.

 

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