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Facebook e Microsoft tentam igualar salários entre gêneros

Duas das maiores companhias de tecnologia do mundo anunciaram que estão eliminando o "gap salarial" entre homens e mulheres que exercem as mesmas funções

Escritório: assim como o Facebook, a Microsoft também se esforça para eliminar completamente a diferença salarial de gênero (Thinkstock)

Escritório: assim como o Facebook, a Microsoft também se esforça para eliminar completamente a diferença salarial de gênero (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 21h10.

Duas das maiores companhias de tecnologia do mundo, o Facebook e a Microsoft anunciaram na última segunda-feira (11) que estão eliminando o 'gap salarial' entre homens e mulheres que exercem as mesmas funções.

Os anúncios vieram um dia antes do "Equal Pay Day" (ou "Dia da Igualdade Salarial", em tradução livre), evento anual para discutir a desigualdade salariais de gênero. Segundo pesquisas, uma mulher americana ganha 78% de cada dólar de salário de um homem. No Brasil, a disparidade é ainda maior: as trabalhadores ganham 24% a menos que os homens, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2015 do Pnud.

"Constantemente revisamos nossas práticas de compensações para darmos salários mais justos", disse a VP de recursos humanos do Facebook, Lori Matloff Goler. "Me sinto orgulhosa em compartilhar que, no Facebook, homens e mulheres [no mesmo cargo] ganham o mesmo salário."

Assim como o Facebook, a Microsoft também se esforça para eliminar completamente a diferença salarial de gênero. Em comunicado publicado ontem, a VP de recursos humanos, Kathleen Hogan, disse que as mulheres vão começar a receber 99,8 centavos de dólar para cada US$ 1 recebido por homens da companhia, em vez de 99,7 centavos de dólar para cada US$ 1, da política anterior. O pagamento também se estende aos profissionais de outras etnias que trabalham na Microsoft dos Estados Unidos.

"Estes números refletem nosso comprometimento para chegar a pagamentos iguais", disse Hogan. "Nosso anúncio de hoje é mais um passo para aprimorarmos a diversidade e o progresso da inclusão."

Com a crescente discussão sobre desigualdade salarial de gênero, algumas empresas de tecnologia têm publicado números sobre sua política de pagamentos.

A Intel foi a primeira do setor a divulgar os números. Segundo o jornal The Wall Street Journal, em fevereiro deste ano, a companhia afirmou que os salários de homens e mulheres eram iguais.

Já em março, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que a companhia está combatendo a desigualdade salarial, mas que as mulheres ainda recebem 99,6% dos salários dos homens que têm as mesmas funções. No mesmo mês, foi a vez da Amazon de se pronunciar sobre o tema. De acordo com ela, as compensações das mulheres em 2015 representaram 99,9% das recebidas por homens.

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