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Fabricantes de carros de luxo alemães de vento em popa

Oficialmente, a BMW colocou fim à batalha travada entre ela, a Audi e a Mercedes-Benz em 2013 ao publicar seus resultados nesta segunda-feira

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 20h15.

Os fabricantes alemães de luxo, BMW, Audi e Mercedes-Benz, registraram, novamente, vendas anuais recorde, graças ao sucesso na China e nos Estados Unidos.

Oficialmente, a BMW colocou fim à batalha travada pelas três marcas em 2013 ao publicar seus resultados nesta segunda-feira.

A empresa de Munique continua sendo símbolo do luxo em todo o mundo após registrar "o melhor mês de dezembro de sua história". No ano passado vendeu 1,66 milhão de carros.

A linhas de sedãs e coupés Serie 3 assim como a Serie 5 foram as mais vendidas, seus 4x4 urbanos (SUV ou crossover) X1 e X3 também contribuíram para esses bons resultados.

As vendas da BMW aumentaram 7,5% em um ano e mantêm, assim, a distância de seus rivais.

O concorrente Audi, também alemão, continua sendo o segundo no pódio, com 1,58 milhão de carros vendidos, 8,3% a mais que em 2012. O fabricante anunciou em julho que conseguirá, antes de 2015, como tinha fixado, a meta de vender 1,5 milhão de carros por ano.

A família dos modelos A3 e SUV Q3, Q5 e Q7 contribuíram para essas vendas.

A Mercedes-Benz, propriedade do fabricante de Stuttgard Daimler, ficou em terceiro, mas registrou a maior alta com 10,7%, e 1,46 milhão de carros vendidos. No ano passado, registrou uma demanda particular de seus modelos compactos (Classe A, Classe B e coupé CLA) e pelo lançamento de seus novos sedãs Classe S e Classe E.

No meio do caminho entre o premium e o superluxo, o alemão Porsche vendeu mais de 162.000 veículos em seu melhor ano, entre eles exemplares do mítico desportivo 911 e do 4x4 urbano Cayenne.

Seus resultados, assim como os da Audi, contribuíram para uma alta das vendas de sua casa matriz comum, o gigante europeu Volkswagen.

Para todos os fabricantes, as vendas foram estimuladas pelo apetite dos consumidores chineses e norte-americanos, já que o mercado europeu continua difícil.


Crescimento proporcional

A China, primeiro mercado de automóveis do mundo, se transformou no principal destino para o grupo BMW à frente dos Estados Unidos.

As vendas das marcas de BMW e Mini registraram um crescimento de cerca de 20%, a mais de 390.000 unidades.

Audi a superou nesse aspecto, com 492.000 unidades vendidas e um aumento de 21%.

A Mercedes (+11% a 218.000 unidades) se recupera amplamente com relação a suas rivais nos Estados Unidos.

Graças a sua presença internacional, as três grandes marcas do luxo conseguem enfrentar a morosidade do mercado europeu, onde só a Mercedes cresceu.

"Os fabricantes de alto padrão alemães crescem duas vezes mais que o mercado mundial" desde 2010, disse um estudo do centro de pesquisa alemão sobre o automóvel CAM.

Segundo Stefan Bratzel, diretor deste instituto, entrevistado pela AFP, o crescimento das vendas não se deve apenas à internacionalização dos fabricantes, mas também a seu "avanço tecnológico", sua "boa situação" com uma ampla oferta de produtos e a sua "boa imagem" associada à qualidade industrial alemão.

Segundo ele, 2014 poderia permitir igualar um pouco mais as coisas. Apesar de a BMW seguir muito acima da Audi e da Mercedes, estas duas últimas vão diminuir as distâncias.

"2013 foi um ano muito bom para a Mercedes", disse o especialista e "vai ser difícil para a Audi manter a distância já que não apresentará nenhum novo modelo" para produzir em grande escala este ano, explica.

A Mercedes-Benz, que deseja se transformar em 2020 no número um deste segmento de mercado, prevê continuar sua ofensiva em 2014 com um novo Classe C e seu primeiro crossover, o GLA.

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