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Fabricantes de alimentos testam seu caminho rumo ao online

E-commerce é responsável por apenas 3,7% das vendas de itens de rápida saída, mas as fabricantes querem mudar esse jogo


	Banca com frutas, verduras e legumes: futuro tende a ter mais compras de alimentos pela internet
 (Vjeran Lisjak / Stock Xchng/Thinkstock)

Banca com frutas, verduras e legumes: futuro tende a ter mais compras de alimentos pela internet (Vjeran Lisjak / Stock Xchng/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 16h49.

Paris - As fabricantes de mantimentos estão lutando para se adaptar ao mundo online e precisam investir em apresentação, embalagens mais inteligentes e cadeias de abastecimento para colher os benefícios de longo prazo.

O e-commerce é responsável por apenas 3,7 por cento das vendas de itens de rápida saída, como alimentos, bebidas e produtos de higiene pessoal, afirma a empresa de pesquisas de mercado Kantar Worldpanel.

A Kantar prevê um aumento para 5 por cento até 2016, conforme supermercados desenvolvem seus sites e varejistas online como a Amazon adicionam esses produtos ao seu portfólio.

Em uma reunião recente do Fórum de Bens de Consumo em Paris, o vice-presidente de consumíveis da Amazon, Doug Herrington, repreendeu as fabricantes sobre a apresentação de seus produtos.

"Este é um espaço em que vocês deveriam ser líderes e, ao invés disso, vejo que nós temos que inovar em seu lugar", ele disse, acrescentando que frequentemente os itens chegavam vazando ou embrulhados em um pouco atrativo plástico bolha.

"O primeiro momento da verdade para o cliente não é o que está no site, é o que chega em sua casa", afirmou o executivo.

A maior parte das fabricantes de alimentos permanece "seriamente despreparada para o varejo online", disse o analista John David Roeg, do Rabobank, afirmando que precisam expandir seu sortimento de produtos, já que consumidores online são mais propensos a usar termos de busca como "iogurte orgânico" e "pão livre de glúten".

Uma migração para o online levaria, em última instância, à obtenção de mais dados dos consumidores e, portanto, à necessidade de menor estoque de produtos ao longo da cadeia de abastecimento, afirmou Roeg, o que reduziria o capital de giro e custos de desenvolvimento de novos produtos ao promover testes menores e mais direcionados.

O diretor global de bens de consumo e práticas de serviço da Accenture, Fabio Vacirca, também disse que as margens iriam melhorar, a despeito de uma oferta mais ampla.

"Uma prateleira digital é praticamente infinita, então nós provavelmente veremos maior complexidade (em produtos)."

Algumas fabricantes estão operando seus próprios sites de comércio eletrônico, mas apenas para nichos de mercado, com empresas como L'Oreal, Nestlé e Procter & Gamble vendendo diretamente pequenas quantidades de cosméticos, café, chocolate e xampu.

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