Gibson: empresa apresentou plano de continuidade comercial que foi aceito pelos credores (Reprodução/Reprodução)
Reuters
Publicado em 1 de maio de 2018 às 14h11.
Última atualização em 8 de outubro de 2018 às 14h39.
A Gibson Brands, fabricante das guitarras usadas por nomes como B.B. King e Elvis Presley, registrou pedido de recuperação judicial nesta terça-feira, com um plano para reorganizar seu negócio de instrumento musical sob o novo comando de seus credores.
A empresa, sediada em Nashville, cujas marcas lendárias incluem Les Paul e SG, vem enfrentando dificuldade em meio a dívidas de 500 milhões de dólares ligadas à aquisição de seu negócio de eletrônicos de consumo em outros países, onde as vendas enfrentaram uma forte queda.
Em um registro com a corte de falências em Delaware, a Gibson disse que o negócios de eletrônicos de consumo no exterior serão reduzidos, permitindo que a empresa volte sua atenção ao seu negócio principal de fabricação de guitarras e áudio.
O negócio de áudio inclui fones, caixas de som e mesas para músicos profissionais e amadores e engenheiros de som KRK, Cerwin Vega e Stanton.
"Este processo será praticamente invisível para os clientes, que podem continuar confiando na Gibson para fornecer produtos e atendimento ao cliente incomparáveis", disse o presidente-executivo Henry Juszkiewicz em um comunicado.
Juszkiewicz adquiriu a Gibson in 1986.
Sob o plano de reestruturação, credores incluindo SilverPoint Capital, Melody Capital Partners LP e fundos afiliados ao KKR Credit Advisors vão trocar dívida por participação acionária na empresa reorganizada.
A Gibson disse que as vendas de suas guitarras cresceram 10,5 por cento, para 122 milhões de dólares nos 12 meses até janeiro, ante um ano antes.
A empresa, fundada em 1894, produz duas guitarras em fábricas em Nashville e Memphis, Tennessee e seus violões em Bozeman, Montana. A Gibson vende mais de 170.000 guitarras anualmente em mais de 80 países.