Qualcomm: a Broadcom anunciou que está oferecendo US$ 70 por ação da Qualcomm (Daniel Acker/Bloomberg)
EFE
Publicado em 6 de novembro de 2017 às 12h21.
Última atualização em 6 de novembro de 2017 às 14h28.
Nova York - A Broadcom fez nesta segunda-feira uma oferta de US$ 130 bilhões para comprar a rival Qualcomm, o que pode derivar na criação de um gigante na indústria de semicondutores.
A operação, que pode vir a ser uma das maiores no setor tecnológico dos Estados Unidos, está sendo analisada pela Qualcomm, segundo informou a empresa, que afirmou que não se pronunciará de novo sobre o assunto até concluir sua análise.
Em comunicado informado desde a sua sede de San José (Califórnia), a Broadcom anunciou que está oferecendo US$ 70 por ação da Qualcomm, divididos em US$ 60 em dinheiro e US$ 10 em troca de ações.
Esses números representam um aumento de 28% sobre o valor das ações da Qualcomm ao fechamento da última quinta-feira, um dia antes de começarem a surgir especulações sobre essa operação.
As duas empresas são rivais na fabricação de componentes para comunicações sem fio. Ambas são fornecedoras de companhias como Apple e Samsung.
No fechamento do ano fiscal de 2017, em setembro, a Qualcomm teve uma queda de 57% em seu lucro líquido. Além disso, a companhia está em litígio com a Apple devido a licenças de patentes.
Os analistas acreditam que, levando em conta a similaridade do negócio das duas empresas, caso a oferta seja aceita pela Qualcomm, haverá muitos desafios para os reguladores.
A operação "colocará a companhia fusionada como líder global em comunicações, com um impressionante catálogo de tecnologias e produtos", afirmou no comunicado o CEO da Broadcom, Hock E. Tan.
A nota diz que a empresa está pronta para empreender "imediatamente" as negociações com a Qualcomm para conseguir um acordo que seja aceitável para as partes.