Negócios

Fabricante de caças montará centro de pesquisa no Brasil

Tecnologia da empresa sueca Saab poderá também ser utilizada para a aviação civil

O presidente da fabricante de caças Saab, Hakan Buskhe (esquerda), e o diretor-geral Bengt Janêr (Antonio Cruz/ABr)

O presidente da fabricante de caças Saab, Hakan Buskhe (esquerda), e o diretor-geral Bengt Janêr (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Ainda com esperanças de que o governo brasileiro opte por comprar seus aviões, executivos da Saab, empresa sueca fabricante do caça Gripen, se reuniram hoje (24) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo o diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, foi uma visita de cortesia para apresentação do novo presidente da empresa.

De acordo com Janér, foi também uma oportunidade de manifestar a intenção da empresa de montar um centro de pesquisa no Brasil, independentemente de o governo brasileiro optar pelos caças suecos.

Apesar de negar ter conversado sobre os caças durante a reunião, Janér deixou o ministério reiterando a confiança de que o Gripen seria o caça mais adequado para o Brasil. "É grande a nossa confiança. Temos o melhor produto para o Brasil", afirmou.

Na proposta de venda dos caças apresentada pela Saab já constava a montagem de um centro de pesquisa da empresa no país, a exemplo de outros centros montados na Austrália, África do Sul e Inglaterra, além da Suécia. Mas este centro estava condicionado à compra dos caças suecos.

"Viemos informar o ministro sobre nossa decisão de fazer isso mesmo que o governo brasileiro não opte pelo Gripen", disse Janér. "Ainda não decidimos onde o centro de pesquisa será montado, mas muito provavelmente será em São Paulo por lá haver outros centros de pesquisa interessantes", adiantou.


Entre os motivos de o Brasil ter sido escolhido para abrigar o novo centro de pesquisa da Saab, Janér destaca o fato de o país ter a terceira maior empresa aeronáutica do mundo (Embraer), além de parques tecnológicos, universidades de ponta na área de aeronáutica e de engenharia e, ainda, por haver várias empresas encubadoras no país.

"Nossa intenção é buscar parcerias de longo prazo com engenheiros e com a indústria nacional para que desenvolvamos projetos de forma conjunta. Nossa visita ao ministro foi também motivada por querermos sua opinião sobre o assunto", acrescentou.

Segundo Janér, o centro de pesquisa desenvolveria projetos de radares, sensores, guerra eletrônica, sistemas eletro-óticos, comando e controle e, também, produtos para a segurança civil que poderão ser aplicados à proteção de usinas hidrelétricas, estádios e grandes eventos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.

"Temos muitas tecnologias, como fusão de dados e integração de sistemas, que poderão transbordar da área militar para a aviação civil e para a iniciativa privada", adiantou Janér. De acordo com o executivo, a empresa obteve sinalização positiva de Jobim. "Ele achou boa a nossa ideia e demonstrou estar satisfeito com a intenção da Saab investir no Brasil", completou.

Leia mais notícias sobre governo

Siga as notícias do site EXAME sobre Negócios no Twitter


Acompanhe tudo sobre:Setor de transporteAviaçãoInvestimentos de empresas

Mais de Negócios

20 franquias baratas a partir de R$ 4.990 para abrir até o Natal

Os planos desta empresa para colocar um hotel de R$ 70 milhões do Hilton em Caraguatatuba

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife