O Carrefour divulgou recentemente planos para transformar a Dia e alguns ativos europeus na área imobiliária em companhias separadas e listadas (Daniela Toviansky/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2011 às 16h43.
Barcelona - O executivo-chefe da rede francesa Carrefour, Lars Olofsson, disse estar confiante de que os acionistas irão votar a favor dos interesses da companhia quando se reunirem para decidir sobre a proposta de transformação da rede de desconto Dia em uma unidade independente. Olofsson não comentou sobre eventual negociação com o executivo da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), Abílio Diniz, para fusão das operações brasileiras do Carrefour com a CBD.
"Os acionistas irão votar (a favor) dos interesses do Carrefour", disse Olofsson, em entrevista concedida durante o encontro global do Fórum Bens de Consumo, em Barcelona.
O Carrefour divulgou recentemente planos para transformar a Dia, terceira maior rede de lojas de desconto do mundo, em termos de vendas anuais, e alguns ativos europeus na área imobiliária em companhias separadas e listadas. A listagem da Dia na Bolsa de Madri depende da aprovação dos acionistas em assembleia marcada para o dia 21 e, caso aprovada, deverá ocorrer em 5 de julho.
O projeto foi publicamente criticado pelos sindicatos, pelo grupo europeu de direito dos acionistas Deminor e por uma série de acionistas familiares. No entanto, tem apoio de seus maiores acionistas: o fundo norte-americano Colony Capital e o investidor francês e executivo de artigos de luxo Bernard Arnault. Juntos, controlam cerca de 14% do capital do Carrefour e têm 20% da participação votante.
Separadamente, Olofsson não comentou sobre as informações de que o Carrefour estaria em negociação com o executivo da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), Abílio Diniz, sobre uma possível fusão com a rede de varejo brasileira. O grupo Casino, concorrente do Carrefour, detém 35% de participação na CBD. Uma fusão da operação brasileira do Carrefour com a CBD fortaleceria a posição no Brasil, onde a varejista francesa já possui cerca de 500 lojas. As informações são da Dow Jones.