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Executivo da Volkswagen deve assumir culpa no caso de fraude

Oliver Schmidt, que liderou o escritório de conformidade regulamentar da Volkswagen entre 2012 e março de 2015, vai assumir a culpa no julgamento

Volkswagen: o Departamento de Justiça confirmou o acordo (Fabian Bimme/Reuters)

Volkswagen: o Departamento de Justiça confirmou o acordo (Fabian Bimme/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de julho de 2017 às 19h02.

Um executivo da Volkswagen acusado de fraude e conspiração por tentar encobrir o escândalo "dieselgate", de manipulação das emissões de gases poluentes, concordou em se declarar culpado, disseram oficiais americanos nesta terça-feira.

Oliver Schmidt, que liderou o escritório de conformidade regulamentar da Volkswagen entre 2012 e março de 2015, vai assumir a culpa no julgamento de 4 de agosto, numa corte federal nos Estados Unidos em Michigan, segundo os funcionários.

Essa é a última novidade do escândalo, que teve início em 2015, quando a VW admitiu ter equipado 11 milhões de carros no mundo todo - 600 mil deles nos Estados Unidos - com um software que trapaceava os testes de emissão de gases poluentes.

Os procuradores do caso e os advogados de Schmidt avisaram ao juiz Sean Cox que fecharam um acordo de confissão de culpa em uma reunião de acompanhamento na manhã desta terça, disse à AFP o porta-voz da corte, David Ashenfelter.

Num e-mail à AFP, o Departamento de Justiça confirmou o acordo, mas não deu detalhes sobre o acerto. O advogado de Schmidt não respondeu ao pedido de informação.

Schmidt pode ser o segundo funcionário da Volkswagen implicado no escândalo de emissões a se declarar culpado.

James Liang, um ex-engenheiro da empresa, assumiu a culpa no ano passado por ter ajudado a conceber um dispositivo usado para burlar os testes de emissões.

A empresa também se declarou culpada das acusações criminais e aceitou cooperar com as investigações e pagar pelo recall dos veículos afetados pela tecnologia.

Ela aceitou pagar 4,3 bilhões de dólares em multas criminais e civis, além dos 17,5 bilhões de dólares que já tinha fechado em acordos com proprietários de carros, vendedores e para limpeza ambiental.

Reguladores descobriram, em 2015, que os carros a diesel da VW, vendidos como "limpos", na verdade tinham um dispositivo que permitia que os veículos tivessem níveis de emissão de óxido de nitrogênio até 40 vezes superiores aos autorizados, mas isso não aparecia nos testes de emissões.

A Volkswagen ainda enfrenta uma série de desafios legais na Alemanha e ao redor do mundo.

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