Negócios

EXCLUSIVO: Natura lança o seu primeiro fundo de investimentos em startups com valor de R$ 50 milhões

A Vox Capital foi a escolhida para a gestão e condução do relacionamento com as startups

O veículo será anunciado nesta semana com valor na casa de 100 milhões de reais (Leandro Fonseca/Exame)

O veículo será anunciado nesta semana com valor na casa de 100 milhões de reais (Leandro Fonseca/Exame)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 17 de junho de 2024 às 14h32.

Última atualização em 18 de junho de 2024 às 12h01.

Tudo sobreStartups
Saiba mais

A Natura está lançando o seu primeiro fundo de Corporate Venture Capital (CVC), modelo de investimentos em que grandes empresas investem em startups cujo modelo de negócios dialoga com os seus interesses. De acordo com apuração da EXAME, o veículo foi anunciado nesta semana com valor de R$ 50 milhões. A Vox Capital foi a escolhida para a gestão e condução do relacionamento com as startups.

Até então, a gigante de cosméticos vinha apostando no 'Natura Startups', programa lançado em 2016 e apresentado como a “porta de entrada” na relação entre a companhia e as startups. De acordo com números disponíveis no site do programa, mais de 1100 interagiram com a empresa e mais de 40 viraram parceiras. 

Em outra frente, a companhia mantém o programa de aceleração “Natura Innovation Challenge”. Neste ano, a edição foi dedicada a negócios que lidam com questões de biodiversidade e regeneração de ecossistemas da Amazônia.

A proposta do CVC chega para fortalecer a busca por esses negócios verdes, segundo apurado pela EXAME. A escolha da VOX capital como parceira reforça essa tese. 

No mercado desde 2009, a gestora é conhecida pelos investimentos em negócios de impacto socioeconômico e ambiental. Criada  por Daniel Izzo como um fundo de venture capital stricto sensu, nos últimos anos a Vox tem avançado com veículos de corporate venture capital. 

Cuida do CVC do Hospital Albert Einstein, com foco em investimento em negócios de saúde; e do Banco do Brasil, em  busca de agtechs, fintechs e govtechs. Ambos com o valor de R$ 100 milhões. O mais recente na casa é a Copel, empresa de energia do Paraná, estruturado com R$ 150 milhões em recursos. 

A ampliação da estratégia fez com que a gestora acumulasse mais de 1 bilhão sob gestão. Ao longo do tempo, construiu um portfólio que inclui startups como Nude, de produtos à base de aveia, Celcoin, de inclusão financeira, e Vitalk, de saúde mental, adquirida pelo Gympass em 2022

Procurada, a empresa não respondeu as perguntas da EXAME.

Acompanhe tudo sobre:StartupsFundos de investimento

Mais de Negócios

Fortunas dos bilionários aumentaram em 121% em 10 anos, segundo estudo da UBS

Ele ajuda as empresas a terem ideia de quanto vão faturar — mesmo quando o mundo está um caos

Mercado Livre lidera, mas Temu registra crescimento recorde na Black Friday

Carro voador, nova fábrica, 99 app e universidades: o plano bilionário da GAC Motor para o Brasil