Negócios

EXAME premia as melhores empresas de 2014

Na premiação Melhor e Maiores 2015, WEG foi escolhida como a Empresa do Ano e Klabin foi o grande destaque do Agronegócio


	Fábrica da Weg em Santa Catarina: empresa foi destaque entre todas as que operam no país
 (Germano Lüders/EXAME)

Fábrica da Weg em Santa Catarina: empresa foi destaque entre todas as que operam no país (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 23h57.

São Paulo – Nesta noite, as melhores práticas empresariais de 18 setores da economia foram premiadas pelo Melhores e Maiores 2015 da Revista EXAME, em cerimônia que aconteceu no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo.

O evento contou com a presença de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central.

Além dos destaques, dois grandes prêmios foram entregues: o de Empresa do Ano e de Melhor companhia de Agronegócio.

Em um ano difícil, como foi o de 2014, a pesquisa analisou minuciosamente tanto os dados dos balanços das companhias, como a maneira como elas atuaram e inovaram frente aos desafios.

O presidente da Editora Abril, Alexandre Caldini, abriu o evento com uma pertinente lembrança a todos. “Já passamos por isso (anos de crise) várias vezes”, disse ele.

“As empresas premiadas hoje são exemplo de sustentabilidade empresarial, de intolerância a práticas ilegais e de princípios éticos”, disse Caldini.

“Que neste momento de crise, pensemos em como ajudar a construir um país mais justo, mais favorável, onde a prática seja a honestidade e onde apenas as empresas realmente mais capazes ganhem”, finalizou ele.

Grandes exemplos

A catarinense WEG foi escolhida a Empresa do Ano do Melhores e Maiores de 2015. O prêmio foi recebido pelo presidente do conselho, Décio da Silva, e pelo presidente da empresa, Harry Schmelzer Junior.

“Atribuímos o prêmio a nossa capacidade de inovar, desenvolver produtos globais e de diversificar para transpor cenários mais desafiadores, como o de 2014”, disse Schmelzer.

A trajetória guiada pela eficiência florestal e rentabilidade contribuiu para que a centenária Klabin fosse escolhida como o destaque do segmento de Agronegócio.

“Os investimentos que fizemos no ano passado nos darão a oportunidade de exportar celulose de fibra curta e vender celulose fluff, usada para produção de fraldas no mercado interno”, afirmou Fábio Schvartsman, presidente da Klabin.

Mais um ano difícil

Para este ano, a estimativa de algumas das companhias premiadas é de seguir com planos de cortes de custos e foco em manter margem de vendas. A Natura é uma delas.

A companhia irá manter seu ritmo de lançamentos de produtos, ação importante no mercado competitivo em que atua.

“Seremos cautelosos a curto prazo, mas sem deixar de investir”, disse Roberto Lima, presidente da companhia.

Apesar dos desafios, a Roche pretende crescer 10% em 2015. Nenhum dos investimentos já programados será cancelado por conta do momento mais difícil.

"Os nossos projetos já vêm de muito tempo, não acontecem de um ano para outro”, afirmou Rolf Hoenger, presidente da farmacêutica.

A experiência em crises anteriores e o fato de contar com profissionais muito bem treinados fará com que Randon, Comerc e Cielo passem ilesas pelos obstáculos, acreditam as empresas.

"Já estamos calejados de várias outras crises. E vamos tentar transformar esta em oportunidades", afirmou Erino Tonon, vice-presidente de estratégia da Randon.

“Teremos sim uma queda na economia, mas precisamos torcer para que isso ocorra o quanto antes, para podermos nos focar em voltar a crescer”, disse, mais otimista, Fernando Simões, diretor presidente da JSL.

A JSL, assim como a Totvs, acredita que a crise também trará belas oportunidades para empresas que fornecem soluções de transporte a tecnologia.

“Temos três áreas que vão sempre crescer muito, educação, infraestrutura e tecnologia, e a gente está numa dessas vertentes”, afirmou Marília Rocca, vice-presidente da Totvs.

Investimento garantido

Não é a crise que fará com que algumas grandes empresas coloquem de lado investimentos de planos desenhados há tempos.

A Lojas Americanas segue esta linha e é uma das que têm planos ambiciosos para o ano.

“Alcançamos nossa meta de abrir 400 lojas em quatro anos e, agora, queremos abrir mais 800 até 2019, chegando a 1,7 mil unidades”, afirmou Murilo Corrêa, diretor financeiro e de RI da empresa, durante o evento.

A meta da Ipiranga é transformar cada vez mais seus postos de combustíveis em centros de conveniência. A estratégia já está sendo adotada há alguns anos.

Hoje, dos 7.000 postos que a empresa tem no país, 1.700 contam com lojas.

No ano passado, a inclusão das "beer caves", câmaras nas quais a empresa vende cervejas artesanais, ajudou a alavancar os resultados. De todas as lojas, 104 já têm esses serviços.

"Isso teve um impacto muito positivo no ticket médio, porque o cliente que vai comprar a cerveja acaba levando outros produtos", diz Leocádio Antunes Filho, presidente da companhia.

Da mesma maneira, a Votorantim Cimentos seguirá com o desenvolvimento de novos produtos, como o concreto permeável criado recentemente.

"Queremos ajudar a inovar dentro da cadeia de valor em geral", afirmou Walter Dissinger, diretor presidente da empresa.

Novos rumos

Ter passado a ser controlada pela Videolar e não mais pela Petrobras faz com que a Innova tenha planos de diversificar seus produtos, antes focados mais no fornecimento para a estatal.

“Desta forma, importar matéria-prima, como ABS, por exemplo, poderia ser uma opção”, disse Flávio Barbosa, diretor presidente da companhia.

Ao contrário, a Telefônica terá de se adaptar a um grande negócio fechado: a compra da GVT.

“Este ano estamos muito focados em criar sinergia entre essas duas empresas”, afirma Amos Genish, presidente da companhia.

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