Martin Winterkorn, ex-presidente da Volkswagen (Sean Gallup/Getty Images)
AFP
Publicado em 6 de junho de 2021 às 14h45.
O ex-presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, pagará um valor recorde de 11 milhões de euros (US$ 13,3 milhões) para a antiga empresa na qual era empregado para resolver as acusações de negligência no escândalo "dieselgate", informaram fontes próximas ao caso neste domingo (6).
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"O conselho de vigilância validou em sua reunião de sábado os principais pontos do acordo amistoso", afirmou um porta-voz do grupo neste domingo, sem maiores detalhes.
Segundo fontes próximas ao caso, o ex-presidente do conselho de administração do grupo - que atuou no cargo até ao seu pedido de demissão em 2015 - vai pagar cerca de 11 milhões de euros por "danos e juros por descumprimento" no exercício das suas funções.
A Volkswagen havia informado no final de março sua intenção de reivindicar uma indenização de seus ex-diretores.
Segundo os meios de comunicação alemães, a Volkswagen exigiu mais de 1 bilhão de euros deles e das seguradoras perante as quais o grupo pediu uma cobertura por responsabilidade dos gestores.
Winterkorn "falhou em cumprir seus deveres de diligência" ao omitir, como presidente do grupo, "em explicar o contexto de utilização de programas informáticos não autorizados" em motores a diesel, constatou um escritório de advocacia, que a Volkswagen contratou para esclarecer as circunstâncias do escândalo.
Winterkorn sempre negou sua responsabilidade.
Em setembro de 2015, um enorme escândalo expôs a manipulação de milhões de motores diesel das marcas VW e Audi, entre outras, para fazer com que parecessem menos poluentes do que eram.