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Ex-presidente da Vale, Roger Agnelli morre em queda de avião

Segundo os bombeiros, nenhuma das sete pessoas que estavam a bordo sobreviveu


	Roger Agnelli: Segundo os bombeiros, nenhuma das sete pessoas que estavam a bordo sobreviveu
 (EXAME/GERMANO LUDERS)

Roger Agnelli: Segundo os bombeiros, nenhuma das sete pessoas que estavam a bordo sobreviveu (EXAME/GERMANO LUDERS)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 19 de março de 2016 às 20h14.

São Paulo - Ex-presidente da Vale, Roger Agnelli morreu neste sábado, aos 56 anos, em um acidente de avião em São Paulo.

Segundo a Infraero, o avião caiu logo depois de ter decolado de uma das pistas do Campo de Marte, pouco depois das 15h. A aeronave atingiu uma casa e os cinco moradores foram resgatados sem ferimentos graves.

O avião, que está no nome de Agnelli, também levava mulher, dois filhos, genro e nora do executivo. Segundo os bombeiros, nenhuma das sete pessoas que estavam a bordo sobreviveu.

Carreira

Ele era formado em Economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e desenvolveu sua carreira profissional no Grupo Bradesco, onde trabalhou de 1981 a 2001. 

Antes de ser escolhido como diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli foi presidente do Conselho de Administração da empresa.

Ele também foi membro do conselheiro de administração de empresas como Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Latasa, Suzano Petroquímica, Brasmotor, Rio Grande Energia, VBC Energia S.A., Duke Energy, Spectra Energy, entre outras.

Expansão da Vale

O executivo presidiu a Vale de 2002 a 2011. Durante esses anos, a companhia se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo. As ações da empresa, durante esse período, se valorizaram em 1.583%.

Agnelli também adotou uma estratégia de expansão global, comprou a mineradora canadense Inco, se tornando a segunda maior produtora de níquel do mundo, e também a Fosfértil, que fez da empresa um importante player no mercado de fertilizantes.

Nesses anos, a demanda de ferro da China aumentou consideravelmente, momento que foi aproveitado pela Vale para crescer.

Em 2012, Roger Agnelli foi escolhido pela “Harvard Business Review” e o Insead como o quarto CEO com melhor desempenho no mundo e único brasileiro no ranking.

Após deixar a Vale, Roger Agnelli fundou a AGN, uma holding com projetos na área de mineração, logística e bioenergia. Roger era casado com a Andrea Agnelli e tinha dois filhos, Ana Carolina e João. 

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