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Ex-presidente da ThyssenKrupp admite erros no Brasil

Companhia enfrentou atrasos e estouros de orçamento na construção de projetos da unidade Steel Americas, da qual faz parte a Companhia Siderúrgica do Atlântico

Os problemas fizeram a empresa sofrer prejuízo no último ano (Sean Gallup/Getty Images)

Os problemas fizeram a empresa sofrer prejuízo no último ano (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 07h38.

Frankfurt - O ex-presidente-executivo da ThyssenKrupp Ekkehard Schulz afirmou em entrevista a um jornal alemão que deveria ter agido mais cedo sobre estouros de orçamento na construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).

"Claro que eu cometi erros. Eu confiei nas pessoas erradas por muito tempo. As pessoas apresentaram a situação lá maquiada para mim", disse Schulz ao Handelsblatt, em entrevista publicada nesta sexta-feira.

A ThyssenKrupp enfrentou atrasos e estouros de orçamento na construção de projetos da unidade Steel Americas, da qual faz parte a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). Os problemas fizeram a empresa sofrer prejuízo no último ano. Schulz deixou o conselho supervisor no mês passado depois de informações sobre alta de custos na unidade.

"Quando outras pessoas apresentaram a situação sem enfeites, já era quase muito tarde", disse o executivo na entrevista.

"O estrago teria sido menor se eu tivesse agido antes. E, acredite, eu me responsabilizo por isso. Mas não adianta mais. A situação está dada." A revista alemã Manager publicou na quinta-feira que a ThyssenKrupp estava considerando vender a CSA, localizada no Rio de Janeiro, e a usina coligada no Estado norte-americano do Alabama, avaliadas em 12 bilhões de dólares.

"Apesar da estratégia do presidente-executivo (Heinrich) Hiesinger estar claramente focada em tornar a ThyssenKrupp uma empresa mais tecnológica, não vemos racional em um desinvestimento dos ativos da Steel Americas no curto prazo", disse o analista Stefan Freudenreich, da Equinet.

Analistas do JPMorgan disseram que, se a ThyssenKrupp optar por vender a Steel Americas no longo prazo, siderúrgicas como a Ternium, que acabou de entrar no grupo de controle da Usiminas, ou a Companhia Siderúrgica Nacional poderiam ser compradores potenciais.

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