Negócios

Ex-presidente da Olympus diz confiar na investigação sobre a empresa

A demissão de Michael Woodford revelou um escândalo de aquisições irregulares na companhia

Michael Woodford: 'parece evidente que estão chegando ao fundo da questão sem preconceitos, e que não vão deixar nada desta história sem contar' (Kazuhiro Nogi/AFP)

Michael Woodford: 'parece evidente que estão chegando ao fundo da questão sem preconceitos, e que não vão deixar nada desta história sem contar' (Kazuhiro Nogi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 09h56.

Tóquio - O ex-presidente da Olympus, Michael Woodford, cuja demissão revelou um escândalo de aquisições irregulares na companhia, se mostrou confiante nesta quinta-feira com a investigação sobre o caso.

Woodford, que retornou ao Japão para se reunir com a Justiça em Tóquio, a comissão de vigilância da bolsa e a Polícia metropolitana da capital, encarregadas de investigar o escândalo, afirmou que as reuniões 'superaram todas as expectativas', de acordo com a agência local 'Kyodo'.

'Parece evidente que estão chegando ao fundo da questão sem preconceitos, e que não vão deixar nada desta história sem contar', disse.

'Com o que me disseram, estou muito mais confiante do que eu pensava que estaria', acrescentou Woodford, destituído em outubro supostamente por sua incapacidade para 'superar a barreira cultural do Japão' e por suas diferenças com a cúpula diretiva sobre seu modo de gestão.

Já Woodford defende que sua demissão aconteceu depois de ter questionado as supostas irregularidades em aquisições efetuadas pelo fabricante japonês de produtos de óptica e aparatos fotográficos e médicos entre 2006 e 2008.

Depois das acusações de Woodford se tornarem conhecidas, a companhia admitiu que tinha encoberto perdas em investimentos desde a década de 1990, que poderiam superar US$ 1,24 bilhão, e que posteriormente tinha tratado de 'maquiar' aquelas aquisições.

Woodford, que retornou a Tóquio pela primeira vez desde a divulgação do caso, solicitou a substituição dos conselheiros do fabricante japonês e expressou sua vontade de retornar como presidente se os acionistas desejarem: 'Com ou sem minha participação, a Olympus precisa de uma nova direção', disse.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaFiscalizaçãoJapãoJustiçaOlympusPaíses ricos

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico