JBS (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de outubro de 2017 às 11h27.
Brasília - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS começou a ouvir, na manhã desta quarta-feira, 25, o depoimento do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda, que comandou a estatal de 2011 a 2015.
Na CPMI, Hereda será questionado, principalmente, sobre o porquê da empresa pública ter adquirido 4,92% das ações da JBS.
A Caixa passou a ser acionista da companhia dos irmãos Batista em janeiro de 2013, quando adquiriu 10,07% de participação na JBS. De 2014 para cá, o banco público reduziu sua posição no grupo, mas continua sendo um dos principais acionistas da empresa.
No último mês de maio, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que as empresas do grupo J&F - holding controladora da JBS - receberam cerca de R$ 15,5 bilhões em empréstimos e aportes de capital feitos pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mediante pagamento de propina a políticos, segundo delatores da empresa.
De acordo com o empresário Joesley Batista, os repasses ilícitos tinham como destinatários o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT) e o atual ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira (PRB).