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Ex-presidente da Braskem é preso acusado de corrupção nos EUA, diz fonte

José Carlos Grubisich teria sido acusado de conspiração por violar uma lei de corrupção estrangeira dos EUA e por lavagem de dinheiro

Braskem: junto à Odebrecht, empresa concordou em pagar 3,5 bilhões de dólares combinados em um acordo com autoridades norte-americanas (Dado Galdieri/Bloomberg)

Braskem: junto à Odebrecht, empresa concordou em pagar 3,5 bilhões de dólares combinados em um acordo com autoridades norte-americanas (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 16h28.

Última atualização em 20 de novembro de 2019 às 17h37.

Nova York - O ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich foi preso nesta quarta-feira (20) em Nova York por acusações federais de corrupção, de acordo com uma autoridade norte-americana.

Grubisich foi acusado de conspiração por violar uma lei de corrupção estrangeira dos EUA e por conspiração para lavagem de dinheiro, de acordo com a fonte, que pediu anonimato porque não estava autorizada a discutir o caso publicamente.

O executivo foi preso no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, disse a autoridade, e deve ser apresentado no tribunal federal do Brooklyn no fim do dia.

Grubisich liderou a Braskem entre 2002 e 2008 e ocupou vários cargos na construtora Odebrecht, principal acionista da companhia. Mais tarde, ele se tornou presidente-executivo da fabricante de celulose Eldorado Brasil, de onde ele saiu em 2017.

Na acusação, os promotores disseram que Grubisich e outros funcionários da Braskem e da Odebrecht participaram de uma conspiração para desviar cerca de 250 milhões de dólares para um fundo secreto, que foi usado em parte para subornar funcionários. O esquema teria ocorrido entre 2002 e 2014, de acordo com o indiciamento.

Como presidente da Braskem, Grubisich teria ajudado a encobrir o esquema, falsificando os livros da empresa e assinando certificações falsas à reguladora do mercado de capitais nos EUA, SEC, disseram os promotores.

Os promotores disseram ainda, no processo judicial, que Grubisich não deveria ser libertado sob fiança porque ele apresenta alto risco de fugir dos EUA.

Braskem e Odebrecht concordaram em 2016 em pagar um total combinado de 3,5 bilhões de dólares em um acordo com autoridades dos EUA, Brasil e Suíça para resolverem as acusações de suborno.

O Departamento de Justiça dos EUA disse na época que cerca de 2,6 bilhões de dólares viriam da Odebrecht e 957 milhões de dólares da Braskem, e que a maior parte do dinheiro seria destinado ao Brasil.

Tanto a Braskem quanto a Odebrecht se declararam culpadas de acusações criminais norte-americanas como parte do acordo, que emergiu da operação Lava Jato.

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