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Ex-operador do UBS confessou fraudes, diz procurador

Kweku Adoboli, de 32 anos, está sendo julgado sob acusações de fraudes no banco onde trabalhava

Kweku Adoboli, funcionário do banco UBS envolvido no escândalo, em Londre (Neil Hall/Reuters)

Kweku Adoboli, funcionário do banco UBS envolvido no escândalo, em Londre (Neil Hall/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 10h18.

Londres - O ex-corretor do UBS Kweku Adoboli admitiu em um e-mail ser responsável pelas fraudes em posições sem hedge que fizeram o banco perder 2,3 bilhões de dólares, segundo depoimento à Justiça nesta sexta-feira.

Adoboli, de 32 anos, está sendo julgado sob acusações de fraudes, mas alega inocência.

No começo da audiência, o procurador Sasha Wass leu um e-mail que Adoboli havia enviado a um colega em 14 de setembro de 2011, mesmo dia em que a direção soube das operações não autorizadas que ele fazia.

"É sob grande pressão que estou enviando este e-mail. Primeiramente, não fiz as operações com uma contraparte, como eu havia dito antes. Usei as posições como uma maneira de maquiar as perdas que eu tinha causado antes", escreveu o ex-operador, segundo o que o procurador leu.

O procurador britânico acusou nesta sexta-feira o ex-operador de ter feito o banco perder 2,3 bilhões de dólares em operações fraudulentas, causando "caos e desastre para ele e todos em sua volta." "Adoboli parou de agir como um profissional de investimento e começou a transformar seu trabalho em uma aposta disfarçada. Ele se tornou o que costumamos chamar de corretor desonesto", declarou Wass, que abriu o processo um dia após Adoboli ter sido preso.

"A motivação de Adoboli para tais atitudes era aumentar suas comissões, status no banco, expectativas de trabalho e seu próprio ego", acrescentou. "Ele fez isso ao passar dos limites de um operador, inventar operações e mentir para os chefes".

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