TikTok (Future Publishing/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 27 de novembro de 2025 às 15h24.
John Liu, britânico de 27 anos, ocupava uma posição de destaque na área de produto do TikTok, onde participou da criação da TikTok Shop e da plataforma GenAI para geração de vídeos com inteligência artificial.
Mas em 2025, decidiu aplicar US$ 65 mil de suas economias pessoais para lançar a KiuKiu, uma marca de alimentos baseada em farinha de arroz, apostando em um segmento ainda inexplorado nos Estados Unidos.
Em apenas um mês após o lançamento, a empresa registrou US$ 100 mil em faturamento. Com base em uma estratégia omnichannel e um olhar afiado para o mercado de bens de consumo embalados (CPG), Liu construiu rapidamente uma operação robusta e escalável, que hoje já conta com presença em 80 pontos de venda no varejo, além de uma estrutura de vendas diretas ao consumidor. As informações foram retiradas da Entrepreneur.
Para profissionais de finanças corporativas, o caso de John Liu é um estudo concreto sobre alocação de recursos, uso eficiente de capital próprio e construção de valor desde os primeiros passos.
Ciente das barreiras de entrada no setor alimentício, capital intensivo, escala de produção, distribuição e branding, Liu usou sua experiência em tecnologia para aplicar princípios como sprint de validação, prototipagem e engajamento com a comunidade ainda na fase pré-lançamento.
O investimento inicial de US$ 65 mil, direcionado à identidade visual, desenvolvimento de produto e produção, foi feito com rigor de controle de custos.
Sem capital de investidores externos, Liu estabeleceu mecanismos de accountability, como compartilhar publicamente o desenvolvimento da marca, envolver consumidores em testes de sabor e identidade, e monitorar métricas desde o início.
Após validar o produto no modelo direto ao consumidor (D2C), Liu avançou com vendas no varejo físico, mantendo foco em performance por loja.
Em vez de buscar escala imediata, optou por concentrar recursos em garantir boa rotatividade dos produtos, um indicador-chave para a manutenção nas gôndolas. Essa abordagem conservadora, mas eficaz, reflete uma mentalidade financeira orientada por ROI (retorno sobre investimento), em vez de crescimento impulsivo.
A lição para o setor corporativo é clara: dominar a estratégia de entrada e saber onde alocar esforços é essencial para escalar com sustentabilidade. “É melhor dominar 20 lojas do que desaparecer em 200”, afirmou Liu, ao comentar sobre sua escolha de priorizar desempenho em pontos estratégicos.
Dominar as finanças corporativas não é apenas sobre números, é também sobre compreender o motor financeiro por trás de cada decisão de negócio.
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