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Ex-executivos da Olympus são presos por fraude contábil

Anteriormente, o Departamento da Polícia Metropolitana de Tóquio prendera o assessor financeiro da Olympus, Nobumasa Yokoo, e outros dois suspeitos

Novas prisões incluem o ex-presidente Tsuyoshi Kikukawa, sob a acusação de ocultar mais de US$ 1,5 bilhão em prejuízos contábeis nas operações da empresa (Divulgação)

Novas prisões incluem o ex-presidente Tsuyoshi Kikukawa, sob a acusação de ocultar mais de US$ 1,5 bilhão em prejuízos contábeis nas operações da empresa (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 05h23.

Tóquio - Promotores de Tóquio prenderam hoje três ex-executivos da Olympus, incluindo o ex-presidente Tsuyoshi Kikukawa, e um ex-corretor sob a acusação de terem ocultado mais de US$ 1,5 bilhão em prejuízos contábeis nas operações da empresa, em um dos maiores escândalos financeiros da história do Japão.

Kikukawa, o ex-vice-presidente executivo da Olympus Hisashi Mori, o ex-auditor da empresa Hideo Yamada e o ex-corretor Akio Nakagawa foram presos sob suspeita de violar os Instrumentos Financeiros e a Lei Cambial, por meio da falsificação de demonstrações financeiras, de acordo com um comunicado emitido pelo gabinete da Procuradoria Pública do Distrito de Tóquio.

Anteriormente, o Departamento da Polícia Metropolitana de Tóquio prendera o assessor financeiro da Olympus, Nobumasa Yokoo, e outros dois suspeitos em conexão com o caso, disseram os promotores.

As prisões ocorreram três meses após a fabricante japonesa de câmeras e endoscópios informar que os executivos haviam sido responsáveis por ocultar, durante 13 anos, mais de US$ 1,5 bilhão em perdas de investimento. Os executivos não comentaram as acusações.

Este é o mais recente passo nas investigações sobre como ocorreu a fraude contábil e quem foi o responsável. Em dezembro, os promotores, a polícia e os reguladores de valores mobiliários invadiram os escritórios do Olympus e as casas dos ex-executivos suspeitos de estarem diretamente envolvidos na ocultação. Separadamente, as investigações sobre o caso continuam nos EUA e Reino Unido.

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