Air France: o indivíduo, que foi despedido da Air France em consequência do caso, afirmou que descobriu tarde as atividades da sua mulher e se viu "ultrapassado pelos acontecimentos" (Balint Porneczi/Bloomberg)
AFP
Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 17h18.
Uma brasileira com problemas psiquiátricos, seu marido, ex-diretor da Air France, e um "guia espiritual" foram condenados nesta segunda-feira a penas de entre um e três anos de prisão em um caso de proxenetismo.
Os acusados aproveitavam os descontos para membros da linha aérea e seus familiares para levar jovens prostitutas do Brasil para a França.
A principal culpada, condenada a três anos de prisão, também deverá pagar uma multa de 40.000 euros.
A justiça condenou seu marido, de 56 anos, a 18 meses de prisão, e lhe impôs uma multa de 20.000 euros.
O indivíduo, que foi despedido da Air France em consequência do caso, afirmou que descobriu tarde as atividades da sua mulher e se viu "ultrapassado pelos acontecimentos".
Ambos cumpriram um ano e três meses de prisão preventiva, de modo que podem vir a ficar em liberdade.
O ex-funcionário da Air France e sua mulher criaram uma rede de prostituição a partir do Brasil em 2013 e 2014, facilitando passagens a preços reduzidos a jovens que acabaram se prostituindo na França.
O paradeiro do terceiro acusado, conhecido como "Pai Junior", é desconhecido. Ele se apresentava às jovens como "um guia espiritual" do candomblé e lhes oferecia "rituais de purificação" por 50 euros quando elas não tinham clientes suficientes.