Negócios

Ex-CEO da Siemens no Brasil é suspeito de desviar até 6 milhões de euros

Adilson Primo foi imediatamente desligado da empresa alemã, depois que investigações ligaram executivo à irregularidades

Adilson Primo, ex CEO da Siemens no Brasil, foi desligado após indícios do envolvimento do executivo em irregularidades na empresa (Divulgação)

Adilson Primo, ex CEO da Siemens no Brasil, foi desligado após indícios do envolvimento do executivo em irregularidades na empresa (Divulgação)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 16h39.

São Paulo – A Siemens demitiu Adilson Antônio Primo da presidência da empresa no Brasil por conta das suspeitas da participação do então CEO em um esquema de corrupção que teria desviado até 6 milhões de euros da empresa.

Segundo informações publicadas hoje pelo jornal alemão Handelsblatt, as investigações internas encontraram evidências de irregularidades sendo praticadas antes de 2007. O processo de investigação continuou até este ano, quando novas evidências apontam que o montante desviado teria sido transferido para uma conta privada não-identificada.

Com a ajuda das autoridades brasileiras, a empresa encontrou possíveis conexões entre Primo e a tal conta, indicando que ele poderia ser o responsável pela irregularidade. Ainda de acordo com a publicação, não se sabe se o dinheiro foi usado para fins pessoais ou no financiamento de subornos.

Escândalos relacionados a corrupção e pagamento de subornos a autoridades não são exatamente uma novidade para a empresa. Entre 2006 e 2008, a Siemens foi alvo de uma extensa investigação de autoridades americanas e que abrangeram tanto operações da Siemens nos Estados Unidos, mas também em outros países, Brasil inclusive.

De acordo com a agência Bloomberg, a Siemens está investigando suspeitas de corrupção e desvio de dinheiro em 12 países onde opera. O caso já é tratado, na Alemanha, como o maior escândalo corporativo do pós-guerra.

A Siemens oficializou hoje a nomeação de Paulo Ricardo Stark como novo presidente das operações da empresa no país.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAmérica LatinaCorrupçãoDados de BrasilEmpresasEmpresas alemãsempresas-de-tecnologiaEscândalosEuropaFraudesPaíses ricosSiemens

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões