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Ex-CEO da Renault-Nissan, Carlos Ghosn é alvo de nova ordem de prisão na França

Ele é investigado por suposto desvio de recursos da empresa e, hoje, mora no Líbano, para onde fugiu após ser preso no Japão

Ex-executivo brasileiro, com nacionalidade francesa e libanesa, enfrenta nova ordem de prisão por contratos aprovados por filial da empresa automotiva (Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images/Getty Images)

Ex-executivo brasileiro, com nacionalidade francesa e libanesa, enfrenta nova ordem de prisão por contratos aprovados por filial da empresa automotiva (Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 4 de julho de 2023 às 15h46.

Última atualização em 4 de julho de 2023 às 15h51.

Um juiz de instrução de um tribunal de Paris emitiu uma ordem de prisão internacional contra o brasileiro Carlos Ghosn, que mora no Líbano, como parte de uma investigação sobre contratos aprovados por uma filial da empresa automotiva Renault-Nissan, informou, nesta terça-feira, uma fonte próxima ao caso.

O ex-executivo, que também tem nacionalidade francesa e libanesa, já tinha sido alvo de uma ordem de prisão internacional emitida em abril de 2022 por um juiz de instrução de Nanterre, em investigações sobre abuso de ativos corporativos e lavagem de dinheiro.

Concessionária em Omã

No ano passado, promotores franceses haviam emitido um mandado de prisão internacional contra ele e outras quatro pessoas que estariam ligadas a uma concessionária em Omã, que teriam ajudado o ex-gigante do ramo automobilístico a desviar milhões da Renault.

Na ocasião, os mandados de prisão afetaram também donos ou ex-diretores da Suhail Bahwan Automobiles, concessionária no país. Entre os usos do dinheiro que teria sido desviado da Renault para o bolso de Ghosn, por meio da empresa do ramo automobilístico no Oriente Médio, consta a compra de um iate de 120 pés — cerca de 36 metros.

No final de 2019, o magnata saiu de forma inesperada do Japão, onde estava enfrentando um julgamento por irregularidades financeiras, para o Líbano, sua terra natal. Na época, ele alegou que não iria mais ser "refém de uma justiça japonesa manipuladora".

Sua fuga espetacular teve um roteiro de cinema e envolveu, além da ajuda de ex-militares de elite, viagem de trem-bala, disfarce com chapéu e máscara cirúrgica, num tempo em que a pandemia ainda estava bem no início.

Ele também é acusado de fraude financeira, durante o período em que esteve à frente da Nissan.

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