Negócios

Evento de venture capital que já movimentou R$ 500 milhões retorna e quer fomentar novos negócios

Organizado pela ApexBrasil, Corporate Venture in Brasil é realizado nesta terça (25) e quarta (26), em São Paulo

ApexBrasil: número de empresas que investe em CVC cresceu 800% em cinco anos (Nuthawut Somsuk/Getty Images)

ApexBrasil: número de empresas que investe em CVC cresceu 800% em cinco anos (Nuthawut Somsuk/Getty Images)

O Corporate Venture in Brasil retorna nesta terça (25) após dois anos de paralisação por conta da pandemia. Criado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em 2015, o evento se propõe a fomentar o mercado Corporate Venture Capital (CVC) no país, modalidade a partir da qual grandes companhias investem em startups e empresas de inovação ou em fundos que procuram e selecionam esses negócios.

Dados da própria ApexBrasil revelam houve um salto de 800% na quantidade de corporações que investem no país nos últimos 5 anos, compreendidos entre 2016 e 2021. O número saiu de 13 para 104.

Assine a EMPREENDA e receba, gratuitamente, uma série de conteúdos que vão te ajudar a impulsionar o seu negócio.

Globalmente, segundo informações do GCV World of Corporate Venturing, parceira da Apex na organização do evento, o número de fundos aumentou de 501 em 2013 para 2.026 em 2020.

A evolução só tende a ganhar escala, projeta a entidade, diante da demanda crescente por inovação e transformação digital. As empresas querem encontrar soluções que contribuam com melhores jornadas e experiências dos consumidores com os seus produtos e serviços e as startups e ecossistemas de inovação se tornavam fontes essenciais para oferecer novas perspectivas.

Entre os exemplos recentes do movimento, está a criação da Oxygea, anunciada pela Braskem no mês passado e que marca a entrada da companhia no mercado de CVC. Ele chega para procurar projetos de inovação que fomentem sustentabilidade, economia circular e transformação digital. Pretende investir US$ 150 milhões ao longo dos próximos cinco anos na aceleração de novos negócios.

E ainda a B3, que lançou um fundo para investir em startups no valor de R$ 600 milhões. Gerido pela L4 Venture Builder, a iniciativa atua com dois focos.

O primeiro é a conexão com negócios que dialoguem com o negócio principal da bolsa de valores; e o segundo é olhar para empresa com modelos mais tangenciais à operação, como mercados de energia, carbono, finanças descentralizadas e tokenização de ativos.

Para a edição, realizada entre hoje e amanhã, 25 e 26, em São Paulo, a Apex espera contar com um público engajado e aberto a fechar novos negócios. Em 2019, a última edição pré-pandemia, o encontro teve o seu melhor momento, reunindo 457 participantes e com o maior número de reuniões privadas facilitadas, 188.

O evento vai reunir uma série de palestras com cases, tendências de mercado, oportunidades e ainda espaços para pitches, com apresentação de modelos de negócios para potenciais investidores. Ao longo das cinco edições, de acordo com a Apex, o Corporate Venture in Brasil, movimentou cerca de US$ 500 milhões em novos investimentos no país.

Leia também:

Após ouvir muitos "não", ele montou um negócio que investe R$ 115 milhões em energias renováveis

Quem é Belmiro Gomes, o ex-bóia-fria por trás do gigante do atacarejo Assaí

Ele já fez bico num lava-jato. Hoje, ergue imóveis de luxo na Bahia e tem R$ 1,5 bilhão em terrenos

Acompanhe tudo sobre:Venture capital

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões