Nos quatro dias de programação, o evento conta com mais de 800 atividades entre painéis, palestras e workshops (HackTown/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 17 de agosto de 2023 às 06h01.
Última atualização em 17 de agosto de 2023 às 10h34.
Em tempos de grandes festivais internacionais de inovação desembarcando no país como o Web Summit, o brasileiro HackTown quer mostrar o seu poder de atrair milhares de profissionais para discutir tendências, cultura e entretenimento. Entre esta quinta, 17, e o próximo domingo, 20, a sétima edição do festival conta com mais de 800 painéis e deve receber mais de 30 mil pessoas.
O evento foi criado em 2016 e acontece na cidade mineira de Santa Rita do Sapucaí, conhecida como “Vale da Eletrônica”, por reunir diversos centros de educação em tecnologia e incubadoras. De acordo com dados do município, a cidade conta com mais de 150 empresas, entre 50 startups, que movimentam mais de 3,2 bilhões de reais anualmente.
Nos quatro dias do encontro, a pequena cidade de pouco mais de 40 mil habitantes deve quase dobrar a população com a chegada dos visitantes. O fluxo elevado tem o potencial de gerar uma movimentação econômica da ordem de R$ 30 milhões na região, R$ 5 milhões a mais do que no ano passado, segundo estimativa da organização do evento. Os valores consideram gastos com consumo, hospedagem e turismo.
O HackTown tem a proposta de não apenas propor debates, mas também criar experiências em torno da cidade. Até por isso, aposta em um modelo descentralizado e ocupa espaços diversos como restaurantes, bares, casas, auditórios e teatros.
Neste ano, usa a “Reinvenção” como eixo para fomentar os debates sobre como a criatividade e inovação podem criar novas perspectivas, gerar novas estruturas de negócios e aprendizados.
“O evento dá palco para que outras perspectivas sejam notadas e conectadas a outras visões, trazendo a inovação e soluções que possam ser discutidas e replicadas no mundo”, afirma João Rubens, cofundador do festival e Head de Parcerias.
Ele criou o evento com dois amigos e entusiastas de inovação, Marcos David, head de tecnologia, e Carlos Henrique, head de conteúdo. A agenda vai levantar ainda muitas conversas sobre o impacto das AIs generativas, assim como em acontecido em eventos de inovação mundo afora.
Um marco na história do HackTown foi a participação do Google em 2017, o que colaborou para que novas empresas olhassem para o projeto, lançado um ano antes. “A primeira edição, em 2016, começou com cerca de 600 a 700 pessoas em pouquíssimos lugares da região e quase não existia a participação de marcas patrocinadoras”, diz David.
Segundo os organizadores, a edição de 2023 pode ter um peso semelhante com a chegada de grandes empresas como apoiadoras. Entre elas, estão Unilever, Sicredi, Banco BV, Sebrae, Arcor, Bees e Instituto Unibanco.
Com maiores investimentos e visibilidade, o festival também cresceu. Em relação ao ano passado, terá um número 20% maior de palestrantes e speakers, além de especialistas e palestrantes internacionais.
Os destaques da programação são: