Negócios

EUA concedem licença para Airbus vender 106 aviões ao Irã

A decisão de desbloquear as vendas de aviões para o Irã, tomada nos últimos meses de governo Obama, deve causar a ira dos republicanos e de Trump

Airbus: as licenças permitindo tais vendas podem ser facilmente retiradas pelo governo Trump se ele optar por fazê-lo (REUTERS/Morris Mac Matzen)

Airbus: as licenças permitindo tais vendas podem ser facilmente retiradas pelo governo Trump se ele optar por fazê-lo (REUTERS/Morris Mac Matzen)

R

Reuters

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 17h48.

Washington - Os Estados Unidos emitiram licença para a francesa Airbus vender 106 aviões comerciais para a Iran Air, principal empresa aérea do Irã, disse uma fonte familiarizada com o assunto nesta terça-feira.

A decisão de desbloquear as vendas de aviões para o Irã, tomada nos últimos meses de governo do presidente democrata Barack Obama, deve causar a ira do republicanos no Congresso e do presidente eleito Donald Trump.

Trump disse que desmantelaria o acordo internacional com o Irã, de 2015, que inclui uma medida para permitir que as empresas norte-americanas e europeias vendam equipamentos aéreos civis ao Irã.

As licenças permitindo tais vendas podem ser facilmente retiradas pelo governo Trump se ele optar por fazê-lo, disseram especialistas em sanções.

Ele provavelmente enfrentaria oposição de aliados dos EUA e outras potências mundiais que participaram do acordo para a retirada de algumas sanções, em troca de uma limitação ao programa nuclear de Teerã.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês) do Tesouro dos EUA emitiu a licença na segunda-feira, disse a fonte em condição de anonimato.

Um porta-voz da Airbus confirmou que a empresa recebeu a licença do Ofac, mas não confirmou o número exato de aviões aprovados.

Embora a Airbus tenha sede na França, a empresa precisa da aprovação dos EUA para vender aviões ao Irã, pois pelo menos 10 por cento dos componentes são fabricados no país norte-americano.

Teerã solicitou provisoriamente mais de 100 aviões da Airbus e da Boeing, cada.

Membros da equipe de transição de Trump não responderam imediatamente a um pedido de comentários sobre as licenças.

As pessoas contrárias ao acordo nuclear argumentam que as aeronaves para passageiros poderiam ser usadas com propósitos militares, como o transporte de combatentes para lutar contra tropas norte-americanas ou aliadas na Síria.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpBarack ObamaAirbusIrã - País

Mais de Negócios

20 franquias baratas a partir de R$ 4.990 para abrir até o Natal

Os planos desta empresa para colocar um hotel de R$ 70 milhões do Hilton em Caraguatatuba

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife