Negócios

Eternit retirará amianto da produção de telhas até o fim de 2018

Empresa diz que há uma tendência no mercado de os consumidores deixarem de adquirir produtos que contenham amianto, especialmente na construção civil

Fábrica da Eternit no Paraná (ACAUA FONSECA/Exame)

Fábrica da Eternit no Paraná (ACAUA FONSECA/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 08h05.

Última atualização em 28 de novembro de 2017 às 08h06.

São Paulo - A Eternit informa que decidiu substituir a utilização do amianto crisotila por fibras sintéticas, na produção de telhas de fibrocimento.

A mudança será concluída até o mês de dezembro de 2018. "Em linha com o seu planejamento estratégico, a companhia já iniciou o redirecionamento do seu portfólio de produtos e negócios, em busca de uma melhor adequação às demandas do mercado e de um crescimento sustentável", diz.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que há uma tendência no mercado, percebida nos últimos anos, de os consumidores deixarem de adquirir produtos que contenham amianto, especialmente na construção civil.

A mudança na demanda tem levado a Eternit a substituir, progressivamente, o amianto crisotila por matérias-primas alternativas, como a fibra sintética.

"A Eternit investiu, nos últimos anos, cerca de R$ 25 milhões na adaptação dos equipamentos e do processo de produção de suas unidades industriais, para que pudesse substituir progressivamente a fibra mineral pela fibra sintética de polipropileno.

No final de 2015, concluiu o investimento de aproximadamente R$ 95 milhões na implantação de uma nova fábrica em Manaus para a produção da fibra de polipropileno, suficiente para abastecer todas as unidades fabris da companhia e ainda a demanda de terceiros", informa.

Atualmente, as fábricas localizadas nas cidades do Rio de Janeiro, Colombo (PR), Simões Filho (BA), Goiânia e Anápolis (GO), utilizam em média 60% de fibra sintética de polipropileno e 40% de fibra mineral de amianto crisotila na fabricação de telhas. Segundo a empresa, até o final de 2018, o processo produtivo das telhas, utilizará 100% fibra sintética de polipropileno.

A produção de fibras de amianto crisotila pela Sama (mineradora controlada pela Eternit) continuará normalmente e vem sendo gradualmente direcionada para o mercado externo, atendendo clientes em outros países aonde o produto é permitido, tais como Alemanha, Estados Unidos e Índia entre outros.

Acompanhe tudo sobre:AmiantoConstrução civilEternit

Mais de Negócios

Franquias no RJ faturam R$ 11 bilhões. Conheça redes a partir de R$ 7.500 na feira da ABF-Rio

Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20

Saiba os efeitos da remoção de barragens

Exclusivo: Tino Marcos revela qual pergunta gostaria de ter feito a Ayrton Senna