Negócios

Estudo mostra as 20 companhias que melhor se relacionam com startups no Brasil; veja resultados

Foram 113 corporações inscritas; 66 passaram para a segunda etapa e 20 foram selecionadas para entrar no levantamento

Estudo da The Bakery: puderam se inscrever corporações com faturamento anual acima de 1 bilhão de reais (Olga Kriukova/Getty Images)

Estudo da The Bakery: puderam se inscrever corporações com faturamento anual acima de 1 bilhão de reais (Olga Kriukova/Getty Images)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 22 de novembro de 2023 às 16h50.

Última atualização em 22 de novembro de 2023 às 17h10.

Para uma grande companhia, nem sempre é fácil se relacionar com startups. Às vezes, há desafios que vão do próprio processo - como uma dificuldade de fechar contrato para tornar uma startup fornecedora - às metodologias de trabalho. Nesses negócios de inovação, por exemplo, o modelo de "tentativa e erro" não só é aceito, como incentivado. Em negócios mais tradicionais, pode não ser bem assim.

Apesar dos desafios, há muitas organizações que querem (e cada vez mais) estar próximas às startups. São empresas que identificaram que se unir a negócios de inovação pode trazer benefícios como produtividade, competitividade e eficiência.

São corporações como essas, envolvidas com inovação diretamente, que entraram no esutdo Melhores Corporações para Startups da The Bakery, uma empresa global de inovação corporativa, em parceria com a ABStartups (Associação Brasileira de Startups) e com o grupo de comunicação Monking. 

O levantamento elencou as 20 corporações que melhor se relacionam com o ecossistema brasileiro de startups. Os critérios de avaliação foram:

  • Estratégia: visão de negócios, investimentos, metas e perspectivas de implementação de inovação
  • Infraestrutura: estrutura de inovação, dedicação do time, programas e ofertas.
  • Operações: atividades e projetos atuais, bem como o modelo de gestão e processos
  • Reputação: reputação que o ecossistema possui das empresas e interesse em se relacionar com elas. 

“A diferença do nosso estudo é que analisamos muito os aspectos qualitativos”, afirma Marcone Siqueira, CEO e cofundador da The Bakery no Brasil. “Não olhamos só a quantidade de contrato com as startups. Isso fala sobre a capacidade do jurídico. Olhamos para tudo, desde a estratégia, a reputação que essa empresa tem no meio. É uma análise qualitativa, mesmo”. 

Qual foi a metodologia

Esse é o segundo ano do estudo. Dessa vez, além dos pontos acima, foram avaliados cases de sucesso entre corporações e startups, com a intenção de levantar dados concretos de o que e como as empresas estão trazendo resultados através de suas iniciativas de inovação aberta, na prática. 

O ranqueamento das 20 melhores corporações é a terceira etapa de uma triagem que começou com 113 inscritas e contou com o crivo minucioso de 66 delas, realizado por especialistas de mercado das organizações.

A banca avaliadora teve nomes como Mariane Takahashi, CEO da ABStartups, Flávio Pripas, CSO da Digibee e sócio da Staged Ventures, Mayra Castro, fundadora da InvestAmazônia, Milena Lozano, especialista em Projetos e Inovação do Insper e Marcone Siqueira, CEO e cofundador da The Bakery no Brasil. 

Puderam se inscrever corporações com faturamento anual acima de 1 bilhão de reais.

“A empresa pode estar no topo das listas de mais inovadoras, mas a sua relação com as startups acontece de forma sustentável?”, questiona Felipe Novaes, CGO e cofundador da The Bakery. “Todo o trabalho é baseado na máxima de que ‘inovação só é inovação se gerar valor'. Nossa proposta foi aprofundar o que está por trás dos grandes números publicados sobre inovação aberta, procurando identificar situações de ganha-ganha no ecossistema”.

Quais foram os resultados da pesquisa

Além do ranking, a pesquisa também traz algumas indicações sobre o universo empreendedor brasileiro. Segundo o levantamento, 98% das empresas respondentes afirmam que a colaboração com startups é integrada ao planejamento estratégico da empresa e mantêm uma conexão ativa com o ecossistema de inovação; 89% incluem a inovação aberta como uma meta estratégica; e 96% a incorporam na visão de futuro da organização.

Nesse sentido, 64% expressam uma elevada confiança na clareza de seus indicadores, enquanto 90% afirmam que a inovação não apenas traz um retorno de investimento (ROI), mas também contribui para a lucratividade da corporação.

Qual foi o resultado do ranking 

  1. Natura &CO
  2. Ambev
  3. Itaú Unibanco S.A.
  4. iFood
  5. ArcelorMittal
  6. Vibra
  7. Microsoft Brasil
  8. Lojas Renner S. A.
  9. Nestlé Brasil
  10. Befly
  11. Basf S/A
  12. Vivo Telefônica
  13. Grupo Fleury
  14. Andrade Gutierrez
  15. Mondelez International
  16. Banco Carrefour
  17. Suzano
  18. Dexco S. A.
  19. Irani Papel e Embalagem S. A.
  20. Ocyan
Acompanhe tudo sobre:StartupsVenture capital

Mais de Negócios

Os segredos da Electrolux para conquistar a preferência dos brasileiros há quase um século

Você já usou algo desta empresa gaúcha que faz R$ 690 milhões — mas nunca ouviu falar dela

Ela gastou US$ 30 mil para abrir um negócio na sala de casa – agora ele rende US$ 9 milhões por ano

Ele só queria um salário básico para pagar o aluguel e sobreviver – hoje seu negócio vale US$ 2,7 bi