Negócios

Low-cost Flybondi volta a voar no Brasil e CEO quer mais rotas no país

Companhia aérea argentina ficou dois anos fora do país; atualmente, voa para Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro

Mauricio Sana, CEO da Flybondi: "Estamos muito felizes de voltar a voar para o Brasil" (FlyBondi/Divulgação)

Mauricio Sana, CEO da Flybondi: "Estamos muito felizes de voltar a voar para o Brasil" (FlyBondi/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 11h49.

Última atualização em 5 de janeiro de 2022 às 12h27.

A low-cost Flybondi, companhia aérea argentina criada nos moldes da europeia Ryanair, retomou os voos para o Brasil — depois de quase dois anos suspensos por conta da pandemia. Com rotas ligando as cidades de Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro à capital porteña Buenos Aires, a empresa já anuncia passagens com preços promocionais a partir de R$ 199.

Com o sobe e desce do mercado, seu dinheiro não pode ficar exposto. Aprenda como investir melhor.

Voos para o Brasil

“Estamos muito felizes de voltar a voar para o Brasil. É um mercado muito forte, no qual apostamos desde o começo, e que sempre nos recebeu muito bem. Nós oferecemos três destinos no país, mas estudamos incluir mais rotas e frequências ao longo do ano. Atualmente, temos 14 destinos saindo de Buenos Aires, inclusive Punta del Este, no Uruguai”, diz Mauricio Sana, CEO.

Risco do próprio governo

Mas existe uma ameaça ao modelo de baixo custo da Flybondi: a Argentina retomará o controle dos preços de passagens aéreas em voos domésticos, medida que vigorou por 16 anos, até ser revogada em 2018. De acordo com o decreto nº 879/2021, o Ministério dos Transportes estabelecerá o limite de preços, inclusive para determinar as tarifas mínimas que poderão ser cobradas.

Ainda não foram divulgados os critérios da “banda tarifária” — que controla os valores do setor aéreo e poderá beneficiar a estatal Aerolíneas Argentinas. Segundo o boletim oficial do governo, a medida evita o “excesso de oferta e tarifa predatória que impacta negativamente o caixa das empresas”. De acordo com o CEO da Flybondi, a companhia ainda analisa os efeitos do decreto.

Avião Boeing 737-800 da low-cost FlyBondi

Companhia tem cinco aeronaves, mas espera dobrar o tamanho da frota em seis meses (FlyBondi/Divulgação)

Sobrevivendo à crise

Enquanto os limites tarifários ainda não entram em vigor — o prazo estabelecido foi de 180 dias após 21 de dezembro de 2021 —, a companhia aérea ainda se recupera dos efeitos da pandemia da covid-19. Foram dez meses sem voar em 2020 e, por causa disso, a Flybondi devolveu quatro aeronaves da frota para reduzir custos, manter funcionários empregados e sobreviver à crise.

“No ano passado, nos recuperamos em todos os aspectos do negócio e da operação. Tanto que nos tornamos a companhia aérea com maior taxa de ocupação nos voos domésticos, tivemos recorde de passageiros e de vendas, além de duplicar a participação no mercado argentino. Foi o nosso espírito resiliente que permitiu essa recuperação em 2021 e o crescimento”, afirma Sana.

Previsão para o futuro

Depois dos bons resultados nos últimos meses, a Flybondi anunciou o plano de crescimento para os próximos dois anos: dobrar a quantidade de passageiros com frota duas vezes maior que hoje — que passará de cinco para dez aviões Boeing 737-800. Também serão incluídos novos destinos nacionais e internacionais, mais frequências de voos, além da contratação de 450 pessoas.

Quer ver seu negócio decolar? Faça o curso Do Zero Ao Negócio com a shark Carol Paiffer. Garanta sua vaga:

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaAviaçãocompanhias-aereasEmpresas argentinasFlybondi

Mais de Negócios

Franquias no RJ faturam R$ 11 bilhões. Conheça redes a partir de R$ 7.500 na feira da ABF-Rio

Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20

Saiba os efeitos da remoção de barragens

Exclusivo: Tino Marcos revela qual pergunta gostaria de ter feito a Ayrton Senna