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Estoque baixo impacta Cia Hering no início de 2013

Os estoques mais baixos das lojas da Cia Hering no início do ano prejudicaram o volume de vendas no primeiro trimestre até o momento, mas empresa acredita em recuperação


	A partir de meados de fevereiro, o Fábio Hering vê melhora no desempenho, na medida em que a companhia tem boas expectativas com a coleção de inverno e com o câmbio
 (Divulgação)

A partir de meados de fevereiro, o Fábio Hering vê melhora no desempenho, na medida em que a companhia tem boas expectativas com a coleção de inverno e com o câmbio (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 13h41.

Rio de Janeiro - Os estoques mais baixos das lojas da Cia Hering no início do ano prejudicaram o volume de vendas no primeiro trimestre até o momento, mas a companhia acredita em uma recuperação a partir de meados de fevereiro.

"No primeiro trimestre até agora (...), o desempenho foi fraco em relação à falta de promoções. Terminamos 2012 com estoque muito baixo", disse nesta sexta-feira o presidente-executivo da companhia, Fabio Hering, em teleconferência com analistas.

A partir de meados de fevereiro, o executivo vê melhora no desempenho, com o crescimento das vendas mesmas lojas --aquelas abertas há mais de um ano, na medida em que a companhia tem boas expectativas com a coleção de inverno e com o câmbio.

"A grande maioria dos fatores que afetaram a gente em 2012 tendem a não estar presentes em 2013", disse o diretor de finanças e relações com investidores", Frederico Oldani, durante a teleconferência.

As ações da Cia Hering, que chegaram a operar em alta de 2,3 por cento mais cedo e tiveram leve queda após as declarações dos executivos, às 13h19 ganhavam 0,08 por cento. Enquanto isso, o Ibovespa exibia alta de 0,26 por cento.


Na noite de quinta-feira, a empresa anunciou recuo de 4 por cento em seu lucro líquido no quarto trimestre, para 101 milhões de reais, pressionado por uma menor receita financeira e ganhos não-recorrentes no mesmo período de 2011.

Depois de enfrentar dificuldades em 2012, a varejista disse esperar crescimento moderado para vendas e resultados em 2013, ano em que também não vê evolução das margens operacionais.

A companhia vê a possibilidade de recuperar em 2013 parte da margem bruta perdida no ano passado, mas não de expandir a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).

"A gente não vê muito espaço para expansão de margem (Ebitda) no ano. Para isso acontecer, a gente precisaria de um cenário de vendas realmente muito forte. Pode acontecer? Pode, mas não é o cenário base que a gente está enxergando", afirmou Oldani.

Expansão

A companhia espera melhorar a produtividade das lojas e o mix de produtos vendendo um número maior de peças e aumentando o preço médio por meio de repasse de inflação e vendas de produtos mais caros, e planeja também mudar o projeto arquitetônico dos pontos de venda.


Em janeiro, a companhia atualizou seu estudo de potencial de expansão da rede Hering Store no Brasil para até 796 lojas, com a intenção de inaugurar 107 pontos de venda em 2013, sendo 77 no formato Hering Store e 30 das lojas Hering Kids.

"Nós estamos como uma construção muito clara nos próximos três anos de aonde a gente quer chegar com o (crescimento)orgânico. E a gente espera bastante espaço de crescimento com as nossas marcas", afirmou o presidente.

O executivo voltou a comentar a possibilidade de fusão ou aquisição, com o objetivo de aproveitar o atual modelo de negócios da empresa.

"A companhia tem uma estrutura de capital, está se preparando melhor em termos de estrutura organizacional para endereçar todo esse caminho do inorgânico, que, combinado com o orgânico, dá mais combustível ao crescimento da Hering como um todo", adicionou.

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