Negócios

Esteves é proibido de ingressar no BTG, banco que controlava

O ministro Teori Zavascki revogou nesta quinta-feira, 17, a prisão e a substituiu pelo "recolhimento domiciliar"


	André Esteves: na verdade, o ex-banqueiro sequer poderá ingressar no BTG ou em "estabelecimentos a ele relacionados"
 (Nacho Doce/Reuters)

André Esteves: na verdade, o ex-banqueiro sequer poderá ingressar no BTG ou em "estabelecimentos a ele relacionados" (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 17h23.

Brasília - O alvará para soltura de André Esteves já foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a qualquer momento o ex-banqueiro pode deixar o presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio, onde cumpre, há 21 dias, prisão preventiva, depois de passar dois dias na sede da Polícia Federal.

O ministro Teori Zavascki revogou nesta quinta-feira, 17, a prisão e a substituiu pelo "recolhimento domiciliar".

Esteves - que foi preso durante as investigações da Operação Lava Jato, sob suspeita de participar do planejamento de fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, envolvido nas denúncias de corrupção da petroleira - foi autorizado a trabalhar, mas não poderá mais participar das atividades do banco BTG Pactual, que controlava até a semana passada, e nem de qualquer empresa envolvida nas denúncias da Lava Jato.

Na verdade, o ex-banqueiro sequer poderá ingressar no BTG ou em "estabelecimentos a ele relacionados".

Em sua decisão, Zavascki determinou também, o "recolhimento domiciliar integral".

Ou seja, enquanto não arranjar emprego, Esteves terá de permanecer em casa. Depois, poderá sair para cumprir jornada de trabalho, mas terá de passar as noites e os dias de folga em casa.

O ex-banqueiro terá de comparecer em juízo quinzenalmente, vai entregar o passaporte às autoridades policiais e está proibido de deixar o País. O descumprimento de qualquer das determinações pode levar André Esteves de volta à cadeia.

Zavascki indeferiu os pedidos de revogação prisão preventiva de Edson de Siqueira Ribeiro Filho, ex-advogado de Nestor Cerveró, e Diogo Ferreira, assessor do senador Delcídio Amaral.

O ministro reiterou a transferência de Delcídio e Diogo para um quartel da Polícia Militar do Distrito Federal e manteve Ribeiro Filho no presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro.

A principal prova contra os acusados é uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo.

Numa reunião gravada no começo do mês passado, em um hotel de Brasília, Delcídio e Ferreira cogitam enviar Cerveró para Espanha, via Paraguai, e afirmam que Esteves daria suporte financeiro de R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor da Petrobras.

O banqueiro não participa da conversa, mas teria tido acesso a trechos da delação de Cerveró.

Acompanhe tudo sobre:bancos-de-investimentoBTG PactualEmpresasEmpresas abertasHoldingsPolícia FederalSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem