Negócios

Este unicórnio brasileiro atingiu R$ 3 bilhões em receita — e agora mira os Estados Unidos

A brasileira CloudWalk planeja aumentar a presença no mercado americano com aplicativo que transforma celular em maquininha de pagamento

Luis Silva, presidente da CloudWalk: "Estamos prontos para acelerar nossa presença nos EUA"

Luis Silva, presidente da CloudWalk: "Estamos prontos para acelerar nossa presença nos EUA"

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 08h00.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2025 às 08h16.

Tudo sobreFintechs
Saiba mais

A fintech brasileira CloudWalk encerrou 2024 com um resultado expressivo: R$ 2,7 bilhões em receita, um aumento de 67% em relação ao ano anterior. O lucro líquido triplicou, alcançando R$ 339 milhões.

O crescimento foi impulsionado pelo uso intensivo de inteligência artificial e blockchain, além da expansão da base de clientes, que saltou de 1 milhão para 3 milhões no Brasil.

Fundada em 2013 por Luis Silva, a CloudWalk entrou no mercado de maquininhas de pagamento em um momento de forte expansão do setor. Hoje, compete diretamente com Cielo, PagSeguro, Stone e até o Itaú. A fintech já concedeu mais de R$ 1 bilhão em crédito por meio da InfinitePay, plataforma voltada para micro e pequenas empresas com contas inteligentes, cartões e sistemas de gestão.

Do zero ao bilhão: como esta empresa de SC virou gigante dos eventos

A base de clientes cresceu apoiada em um modelo de crédito baseado em IA, que avalia 1.200 parâmetros para liberar crédito a empreendedores que, muitas vezes, são rejeitados por bancos tradicionais. A tecnologia também é usada para precificação automática e antifraude, otimizando cada transação e ajustando as políticas de crédito em tempo real.

A infraestrutura da fintech foi reforçada com o Stratus, blockchain próprio capaz de processar 1.800 transações por segundo e 160 milhões de operações diárias.

O salto financeiro veio meses após a empresa captar R$ 2,7 bilhões em um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), o maior da sua história. O fundo financia produtos como o InfiniteNitro, que antecipa pagamentos em segundos. Fintechs como a CloudWalk costumam usar FIDCs para expandir a oferta de crédito sem comprometer o caixa.

O Itaú BBA foi o coordenador líder e trabalhou a operação em conjunto com Bradesco BBI, BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), BB-Banco de Investimentos e Banco Safra. O novo fundo tem prazo de três anos e foi estruturado em conjunto com a BTG Asset, que também atua como gestor do FIDC.

Em 2024, a CloudWalk expandiu para os Estados Unidos com o Jim.com, que é como uma versão americana do InfinitePay. Assim como no Brasil, o app transforma smartphones em maquininhas de pagamento. Após um piloto bem-sucedido, a fintech planeja ampliar sua presença no mercado americano em 2025.

“Continuamos comprometidos em construir uma rede global de pagamentos. Estamos prontos para acelerar nossa presença nos EUA”, diz Silva.

Acompanhe tudo sobre:FintechsStartups

Mais de Negócios

Esta empresa do interior de SP vai faturar R$ 250 milhões no setor em que o Brasil é líder global

Do zero ao bilhão: como esta empresa de SC virou gigante dos eventos

Voepass entra na Justiça com pedido de tutela para reestruturação financeira

Comércio de serviços da China atinge recorde histórico de US$ 1 trilhão em 2024