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Estácio tem leve queda no lucro do 1º trimestre

O lucro líquido foi de 128,5 milhões de reais entre janeiro e março ante 130,6 milhões um ano antes


	Estácio: a companhia disse que os gastos com marketing tendem a se estabilizar mais próximos dos patamares históricos
 (Getty Images)

Estácio: a companhia disse que os gastos com marketing tendem a se estabilizar mais próximos dos patamares históricos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 20h20.

Rio de Janeiro - A Estácio Participações teve leve queda no lucro líquido do primeiro trimestre, período em que a provisão feita pela empresa para se proteger de inadimplência de alunos atingiu um pico.

O lucro líquido foi de 128,5 milhões de reais entre janeiro e março ante 130,6 milhões um ano antes. A média das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava para lucro líquido de 141 milhões de reais.

A companhia disse que os gastos com marketing tendem a se estabilizar mais próximos dos patamares históricos, resultando em "despesas sensivelmente menores no segundo semestre do ano".

Entre janeiro e março, as despesas com publicidade cresceram 73,3 por cento, para 66,2 milhões de reais, com a estratégia de captação de alunos, o lançamento da campanha de ensino a distância e para os Jogos Olímpicos.

A Estácio afirmou que o custo docente foi impactado por antecipação do processo de formação de turmas no primeiro semestre, "como um resultado da antecipação de toda a nossa campanha de marketing e dos nossos esforços para acelerar a conversão dos candidatos em alunos".

Já a provisão para devedores duvidosos subiu 55,1 por cento ano a ano, a 24,2 milhões de reais.

Segundo a companhia, além dos problemas no Fies, o cenário econômico tem limitado a capacidade de pagamento das famílias, "o que aumenta ainda mais o desafio para manter o mesmo patamar de adimplência".

A Estácio afirmou no balanço que contratou ajuda externa e reforçou a equipe interna para buscar melhorias no indicador para os próximos trimestres.

A companhia também informou que os descontos e bolsas oferecidos a alunos subiram 28,1 por cento, a 428 milhões de reais.

Nesse semestre, a companhia teve 9,5 mil ingressantes com contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ao final do período de matrículas, contra 22,1 mil ao final da primeira metade de 2015.

Na graduação presencial, a Estácio adicionou 113 mil novos alunos, um crescimento de 1,9 por cento frente ao mesmo ciclo do ano anterior, "apesar das comparações desfavoráveis tanto em termos de quantitativo de vagas Fies como da situação econômica geral", disse a Estácio.

A base total de alunos encerrou o primeiro trimestre com 587,8 mil alunos, alta de 11,4 por cento sobre o primeiro trimestre de 2015.

A companhia encerrou o primeiro trimestre com receita operacional líquida de 792,9 milhões de reais, alta de 9,8 por cento sobre o mesmo período de 2015.

Segundo a Estácio, o crescimento da receita tende a ser maior nos próximos trimestres, com uma taxa de penetração de alunos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para ingressantes no segundo semestre mais comparável com o período anterior.

Além disso, as receitas do Pronatec que beneficiaram a companhia em 2015 serão reduzidas, também atenuando a base de comparação.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 213,4 milhões de reais, 9,1 por cento maior na mesma base de comparação.

A Estácio também informou nesta quinta-feira a indicação de Pedro de Oliveira como diretor financeiro e de relações com investidores no lugar de Virgilio Gibbon, que ocupará a diretoria executiva de serviços.

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