Negócios

Estácio quer entrar com "força" em São Paulo para aquisições

O segundo maior grupo de educação brasileiro de capital aberto por receita quer dobrar seus resultados até 2014 e vai comprar outras instituições pequenas e médias

Curso da Estácio: “estamos fazendo em São Paulo uma transformação parecida com a que foi feita no resto do País, mas atrasada”, disse o presidente Rogério Melzi (Ricardo Fasanello/EXAME.com)

Curso da Estácio: “estamos fazendo em São Paulo uma transformação parecida com a que foi feita no resto do País, mas atrasada”, disse o presidente Rogério Melzi (Ricardo Fasanello/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 12h10.

São Paulo - A Estácio Participações SA, segundo maior grupo de educação brasileiro de capital aberto por receita, quer entrar “com mais força” no estado de São Paulo a partir de 2013 e comprar outras instituições pequenas e médias em todo o país para dobrar seus resultados até 2014.

“Estamos fazendo em São Paulo uma transformação parecida com a que foi feita no resto do País, mas atrasada”, disse o presidente da Estácio, Rogério Melzi, em entrevista no escritório da Bloomberg, em São Paulo, em 11 de julho. “Não existe Estácio no futuro sem uma presença forte em São Paulo.”

Um dos focos para o investimento na maior cidade do País será o ensino à distância, segundo Melzi. Para marcar maior presença, a Estácio pretende utilizar a estrutura da Uniradial. O centro universitário, adquirido em 2007 e com cerca de 13.000 alunos, deverá passar por mudanças internas na gestão e no atendimento para depois disso reformar prédios, fazer campanhas de marketing e abrir novas unidades, segundo Melzi.

A Estácio pretende dobrar o lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, ou Ebitda, para cerca de R$ 400 milhões em 2014, sem considerar grandes aquisições ou licenças para operar cursos à distância, segundo o executivo. No primeiro trimestre, o Ebitda subiu 43 por cento para R$ 62 milhões.

O projeto de expansão prevê “pequenas e médias” aquisições para entrar nas oito unidades da federação onde ainda não tem campus, entre elas estados do Norte e Nordeste, com preferência pelas capitais e cidades com mais de 300.000 habitantes, disse Melzi. Ele foi indicado para a presidência pela GP Investments Ltd., a maior acionista da Estácio desde 2008, com 19,5 por cento das ações.

Plano A

Nos últimos 12 meses, a Estácio comprou seis instituições de ensino, sendo a maior delas uma faculdade de 4.000 alunos em São Luís, no Maranhão. O objetivo é aumentar o número de alunos em 80.000 por meio das aquisições até 2015. A empresa tem hoje 281.000 alunos, dos quais 51.000 do ensino à distância, segundo Melzi. A Estácio ainda não oferece cursos no Rio Grande do Sul, Piauí, Tocantins, Acre, Rondônia, Amazonas, Distrito Federal e Mato Grosso.


“Nosso plano A é crescer organicamente, usando pequenas e médias aquisições, porém a Estácio jamais descarta fazer aquisições de maior porte”, disse o executivo.

As ações da Estácio acumulam alta 39 por cento no ano até ontem, enquanto os papéis das suas concorrentes Kroton Educacional SA e Anhanguera Educacional Participações SA acumulam valorização de 54 por cento e 32 por cento, respectivamente. O Ibovespa tem queda de 5,9 por cento no período. Em valor de mercado, a Estácio é a terceira colocada das três, avaliada em R$ 2,1 bilhões.

De 13 analistas que acompanham os papéis da empresa, nove têm recomendação de compra ou equivalente, três sugerem manutenção e um recomenda a venda.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEducaçãoFusões e AquisiçõesMetrópoles globaisNegociaçõessao-pauloSetor de educaçãoYduqs / Estácio

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões