Negócios

Estácio avalia aquisição de redes médias no NO e no NE

A companhia segue avaliando a compra de faculdades e universidades instaladas em regiões onde a Estácio ainda não atua


	Universidade Estácio de Sá: a empresa também espera para 2014 o aumento de abrangência de sua operação de ensino à distância (EAD)
 (DILMAR CAVALHER/EXAME)

Universidade Estácio de Sá: a empresa também espera para 2014 o aumento de abrangência de sua operação de ensino à distância (EAD) (DILMAR CAVALHER/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 10h29.

São Paulo - A companhia de educação Estácio Participações espera adquirir mais instituições de ensino de pequeno e médio porte ainda neste ano, disse o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Virgílio Gibbon. Ele afirmou que a empresa espera para 2014 o aumento de abrangência de sua operação de ensino à distância (EAD).

Sobre as aquisições, Gibbon disse que a companhia segue avaliando a compra de faculdades e universidades instaladas em regiões onde a Estácio ainda não atua, em especial no Norte e no Nordeste. "A empresa está presente em 18 Estados, incluindo Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, mas sua maior operação é a do Rio de Janeiro, onde fica a sede. “Temos algumas negociações em curso."

A Estácio prioriza a compra de instituições menores, como a recém-adquirida Associação de Ensino de Santa Catarina (Assesc), com 915 alunos e 4,9 mil vagas. Apesar disso, Gibbon reitera que a companhia não descarta uma operação com uma grande rede de educação caso haja a oportunidade.

Já no ensino à distância, a principal aposta é a abertura de 16 polos da Assesc. Gibbon disse que o Ministério da Educação deve visitar as instalações em setembro e que os cursos podem começar em 2014. “Nossa expectativa era apenas para o segundo semestre do próximo ano, mas estamos acreditando no interesse do Ministério de acelerar estes processos”, comentou.

Além destes 16 polos, a Estácio ainda tem um pedido para inauguração de 61 novos, os quais aguardam avaliação do Ministério. Os polos são espaços de referência para os estudantes do ensino a distância, onde eles podem usar bibliotecas e realizar provas. Hoje a Estácio tem 58,8 mil alunos de EAD, numero inferior ao das concorrentes Kroton (352 mil) e Anhanguera (157 mil), consideradas líderes no segmento.


Gibbon avalia que há de parte das autoridades brasileiras o interesse de acelerar os processos de aprovação de novos polos para ampliar a competição no ensino a distância. Não há dados recentes sobre o tamanho desse mercado, mas analistas acreditam que Kroton e Anhanguera tenham hoje uma fatia bastante relevante. As duas anunciaram um acordo de fusão de suas operações, o qual depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Cursos técnicos. Diferente da concorrência, a Estácio não deve apostar na oferta de ensino técnico. O segmento está na mira da Kroton, que anunciou este mês sua adesão ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Segundo Gibbon, o plano estratégico da Estácio não inclui a atuação neste ramo. “É uma área de pouquíssima sinergia com nossos negócios atuais”, destacou.

Em março, o Ministério da Educação regulamentou medida que autoriza a adesão de instituições de ensino superior e escolas de educação tecnológica privadas ao Pronatec. As unidades privadas passam a poder oferecer bolsas de estudos, como já ocorre com o Programa Universidade para Todos (ProUni), para cursos técnicos contemplados pelo programa.

A aposta da Estácio para diversificação são treinamentos corporativos e cursos preparatórios para adultos. A companhia espera que até 2020 negócios como esses representem 15% das receitas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Fusões e AquisiçõesSetor de educaçãoYduqs / Estácio

Mais de Negócios

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana