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Redatora
Publicado em 20 de agosto de 2025 às 18h10.
No mundo das startups, há uma regra não escrita: ter dinheiro em caixa para sobreviver por 18 meses.
Esse “prazo de vida” funciona como um cartão de visita para investidores. Isso porque a reserva sinaliza preparo e segurança financeira. Mas basta um detalhe fora da curva para desmontar o planejamento.
Se os gastos mensais aumentarem em apenas US$ 10 mil, o tempo de sobrevida encolhe rápido – e a suposta solidez se revela frágil. É isso o que uma reportagem do portal Entrepreneur revela.
Segundo a matéria, muitos planos financeiros de startups partem de um cenário perfeito: sem atrasos de receita ou despesas extras. Só que a realidade quase nunca segue esse roteiro. Um imprevisto pode encurtar em meses o tempo de sobrevivência da empresa e comprometer sua estabilidade antes mesmo de ela alcançar maturidade.
Apesar de ser amplamente usada, essa fórmula tradicional é frequentemente aplicada sem a devida análise de variabilidade. A ideia de que as despesas se manterão constantes não condiz com a realidade dinâmica de um negócio em fase inicial.
Contratações antecipadas, campanhas de marketing que demandam mais investimento ou expansão de infraestrutura digital são apenas alguns dos fatores que podem alterar o ritmo de queima de caixa. E tudo isso, muitas vezes, sem passar por uma discussão estratégica com o conselho.
Especialistas recomendam a construção de cenários financeiros alternativos, algo essencial dentro das boas práticas de finanças corporativas. Em vez de confiar apenas no plano-base, é fundamental criar pelo menos dois cenários adicionais:
Esses modelos, mesmo que simples, revelam vulnerabilidades e ajudam a mapear pontos críticos de decisão antes que seja tarde demais.
Fundadores que conseguem responder com segurança perguntas como “quais custos podem ser cortados rapidamente?” transmitem confiança e profissionalismo, mesmo que os números não sejam perfeitos.
O conhecimento financeiro, nesse contexto, deixa de ser uma função restrita a contadores ou CFOs. Ele se torna um pilar estratégico da liderança. Saber como pequenas alterações impactam o caixa da empresa permite decisões mais embasadas.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.