Clark Lowe, CEO e presidente da O’Connor Company ( Fonte: LinkedIn | Reprodução)
Redatora
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 17h28.
Enquanto a maioria das empresas de construção civil ainda atua de forma local e presencial, a O’Connor Company decidiu romper com esse modelo.
Sob a liderança de Clark Lowe, atual CEO e presidente da companhia, a empresa com sede na Carolina do Norte adotou uma estrutura totalmente remota — e viu sua receita crescer 400% em dois anos.
A ousadia estratégica, rara no setor, permitiu à construtora operar nacionalmente, reter talentos e selecionar projetos com alto potencial de rentabilidade. As informações foram retiradas do portal Inc.
Clark Lowe e seu sócio, Zach Froio, já atuavam no setor imobiliário quando identificaram uma brecha estratégica. Segundo o Bureau of Labor Statistics, apenas 3,6% dos profissionais da construção civil atuavam remotamente em 2025.
Ao enxergar nisso um espaço inexplorado, os dois empreendedores decidiram adquirir a O’Connor Company, empresa fundada em 1978. Após 18 meses trabalhando com os antigos donos, finalizaram a compra em dezembro de 2023 e, em seis meses, reestruturaram completamente a operação.
A transformação começou com um novo desenho organizacional em que supervisores e gerentes de obra passaram a viajar entre canteiros de obras espalhados pelos EUA, hospedando-se em hotéis ou Airbnbs por períodos determinados.
Enquanto isso, toda a equipe de suporte — operações, gestão, financeiro — passou a atuar em modelo remoto.
Em poucos meses, Lowe contratou os primeiros funcionários 100% remotos e incorporou os 20 colaboradores herdados à nova rotina de trabalho.
Hoje, a empresa soma cerca de 70 profissionais distribuídos por diversos estados norte-americanos, com destaque para Carolina do Norte, Nova York e Arizona.
A lógica por trás da transformação tem tudo a ver com princípios clássicos das finanças corporativas. Antes da reestruturação, como acontece com a maioria das construtoras locais, o topo do funil comercial da O’Connor era limitado geograficamente.
Ao expandir sua presença física de forma remota, a empresa passou a selecionar projetos com base em rentabilidade, complexidade técnica e valor agregado, não apenas por necessidade de caixa. Isso permitiu à O’Connor operar de forma mais estratégica, com gestão de portfólio otimizada.
Antes da aquisição, a O’Connor Company faturava cerca de US$ 20 milhões anuais. Agora, sob a nova gestão e com modelo remoto, a projeção para 2025 é de US$ 90 a US$ 95 milhões. Para 2026, a meta é ainda mais ambiciosa: chegar a US$ 160 milhões.
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