Smiling mature businesswoman using laptop at desk in workplace. Businesswoman looking at her laptop and smiling in office conference room. (Luíz Alvarez/Getty Images)
Redatora
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 15h58.
Marilynn Joyner passou mais de 12 anos trabalhando em uma grande corretora de imóveis comerciais em Nova York. No ambiente com mais de 250 colaboradores, ela era uma das 18 mulheres da equipe.
A escassez de lideranças femininas e a ausência de mentoras criaram uma barreira para o seu avanço profissional.
A percepção de que "batia em um teto invisível" se intensificou mesmo quando conciliava o trabalho com o MBA na Columbia Business School e na London Business School, conta ao portal Entrepreneur.
Foi dessa insatisfação que surgiu a ideia de fundar, em outubro de 2023, a Her Workplace, uma rede de desenvolvimento de carreira com tecnologia de inteligência artificial, pensada para apoiar mulheres em setores ainda dominados por homens.
A proposta nasceu como um espaço de coworking, mas rapidamente evoluiu para uma plataforma digital de alto impacto, com modelo de assinatura e foco em carreira, rede de contatos e acesso a mentorias executivas.
A guinada também se refletiu nos números. No primeiro ano de operação, a Her Workplace gerou US$ 250 mil em receita, com margem de lucro de 30%. Após o reposicionamento com tecnologia, a empresa triplicou o faturamento.
Joyner alugou o primeiro espaço da empresa por US$ 8 mil mensais. Foram mais de 500 eventos organizados nos primeiros seis meses, mas os feedbacks revelaram que as necessidades iam além da estrutura física.
Hoje, a Her Workplace opera com uma plataforma própria, impulsionada por inteligência artificial. O sistema cruza dados dos perfis, interesses e metas profissionais das usuárias para conectá-las a pares estratégicos e mentores do alto escalão.
A empresa já soma 60 mil membros ativos, promoveu 625 eventos e chegou a cidades como Boston, Chicago, Los Angeles e San Francisco.
A expansão acelerada da Her Workplace chama atenção não apenas pelos resultados financeiros, mas pelo modelo de negócio escalável e sustentável. A empresa segue 100% bootstrapped, ou seja, sem investimento externo.
Embora tenha mantido conversas com fundos de venture capital, Joyner prefere preservar a autonomia: “Quero proteger o que construí. Não quero diluir minha participação após ter colocado meu sangue, suor e lágrimas nisso.”
Esse posicionamento revela uma compreensão refinada das finanças corporativas e do valor estratégico de manter controle sobre a operação, inclusive em momentos de expansão.
No campo das finanças corporativas, o caso de Joyner é particularmente relevante. Ao optar por crescer com capital próprio, a executiva mostra que é possível construir empresas sólidas e lucrativas fora do circuito tradicional de investimentos.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.